quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O quadro e a notícia mais bela
O cantor Teixerinha (finado a muitos anos) cantou o pôr do sol do cais em Porto Alegre – olhando por cima das águas do rio Guaíba de uma forma muito simples, mas ao mesmo tempo tão convincente que durante os anos que estudei em Porto Alegre, várias vezes fui até o cais do porto, juntamente com colegas para olhar aquela cena.
A cena do pôr do sol no cais do porto é algo tão lindo que em palavras não consigo expressar.
Uma história que li certa vez, penso que o pode descrever:
Uma turista que havia se hospedado num hotel de frente para o rio Guaíba, quando viu este pôr do sol, correu para a sacada do hotel, de onde apreciou a beleza daquele pôr do sol. Ao seu lado, um homem, da mesma forma, com os olhos fixos para aquele mesmo entardecer, com visível emoção em sua face. Ambos permaneceram até que as últimas cores daquele belo quadro se apagaram. A mulher então comentou com aquele senhor: “Pelo que vejo, você aprecia belas paisagens como este pôr do sol. Você é um artista?” ao que ele respondeu: “Não, minha senhora, eu sou um encanador”. Mas até seis anos atrás eu era um cego.
Se para nós os que sempre tivemos uma visão perfeita, já nos emocionamos com uma bela paisagem, que deve sentir alguém que era cego?
Tal como saber de uma bela paisagem e poder vê-la, também deve ser para nós que nascemos cegos espiritualmente, a cena e a notícia que o Natal de Cristo traz.  E você que lê este texto, foi ver, neste natal, aquela bela cena, com a notícia que a dois mil anos um anjo trouxe aos pastores de Belém; “Vos trago uma boa notícia, que não apenas vos alegrará, mas também a todo o povo? (Lc 2.10).
Você foi a sua igreja, participar desta encenação, ou pelo menos conferir e, mais uma vez se emocionar espiritualmente com ela?
O que me entristece é que para a grande maioria a boa noticia de Natal foram mais uma vez apenas os cartões, as visitas, as ligações telefônicas, os e-mails. Tais pessoas, com certeza, não podem sentir a euforia que nós, os que participamos de uma encenação natalina ou a fomos conferir mais uma vez.
Cada vez que tenho a oportunidade participar de uma encenação natalina ou assistir à boa notícia que ela me traz, me sinto qual aquele homem que apenas à seis anos estava vendo, após uma melindrosa cirurgia. Naquele momento sempre lembro de que também nasci cego espiritualmente e que no batismo o próprio Espírito Santo fez uma cirurgia em meu olhos espirituais, operando em mim a fé.
É com esta fé que aprecio a notícia do natal de Jesus Cristo que nasceu em Belém, e isso me torna a pessoa mais feliz do mundo.
Pense nisso. Você também nasceu espiritualmente cego, mas agora, após o operar do Espírito Santo, vê. Antes de ter recebido a fé você era mais um condenado à morte eterna por causa dos seus pecados, mas agora, por causa da fé em Jesus, tem a garantia da vida eterna. Antes, você estava perdido no pecado, mas agora está livre para louvar a Deus e se alegrar com a mais importante noticia trazida a este mundo pelo anjo de Deus: “Hoje nasceu o Salvador de vocês.”
Se pela graça de Deus você não é cego fisicamente, sabe que um pôr de sol é lindo. Mas, o Cristo que Deus oferece traz muito mais beleza à sua vida.
Se você não foi assistir a encenação do presépio; só me resta dizer: pena! Porque este quadro mexe com a alma do ser humano como nenhuma outra cena.
Fisicamente cego ou não, porque Deus nos amou tanto, mais uma vez nossa alma pode ver e ouvir da graça de Deus por nós.
Se Deus lhe der a chance de em 2014 estar aí, e não preso a uma cama de hospital, não deixe de contemplar a beleza que irradia do menino Jesus na manjedoura de Belém. Enquanto isso, o contemple hoje, amanhã e depois, até que mais uma vez é Natal. Enquanto o Natal não chegar, creia em Cristo como seu único e suficiente Salvador, para que se o papai do céu achar por bem não lhe permitir ver outra vez, com os olhos da carne, este quadro aqui na terra, o possas ver eternamente. E que o seu Natal possa ser tão feliz quanto o meu.
Pr. Cildo Miro Schmidt

Adapt. Pr. Fernando Eler