Vivemos
em tempos que pedidos de casamento são artigos de luxo, raríssimos. Não
que não haja amor e a vontade de construir uma família. O que falta é o
compromisso e comprometimento. O costume é “juntar os trapos e vamos
ver no que vai dar”. A era descartável parece que rege até mesmo os
relacionamentos entre homem e mulher. Você é útil enquanto agradar ou
causar prazer. Quando os problemas aparecerem, a barriga crescer ou a
celulite aumentar, então já estará na hora de descartar e adquirir uma
outra pessoa que, aliás, logo também vai tornar-se descartável. Assim
tem sido com boa parte daqueles que se unem debaixo do mesmo teto sem o
pedido de casamento, sem o compromisso firmado perante autoridades civis
e perante Deus.
Jesus
fala desta união de um jeito diferente: “Por isso o homem deixa o seu
pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma
só pessoa. Assim já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que
ninguém separe o que Deus uniu” (Mateus 19.5-6). Jesus fala do casamento
como uma união comprometida, do início ao fim. Um pouco diferente do
que vemos ao nosso redor! Marido e mulher não são descartáveis, mas são
companheiros que Deus nos deu para o resto da vida. Juntos, marido e
mulher constroem um lar, uma história de vida, uma família reunida ao
redor da mesa. Nada deve separar esta união, mas tudo deve servir para
aproximar o casal de Deus.
Então
fica a dica: nestes tempos de muitos ajuntamentos instáveis, pedido de
casamento é artigo de luxo. É preciso aplaudir aqueles que buscam a
união civil e religiosa, aqueles que estão comprometidos na formação de
uma nova família. Nunca é tarde para isto acontecer. A Igreja Luterana
está sempre de portas abertas para aconselhar, orientar e lutar juntos
por casais que não querem um relacionamento descartável, mas sim um
relacionamento baseado no amor, na compreensão, no perdão e no simples
envelhecer juntos.
Pastor Bruno A. Krüger Serves