quarta-feira, 2 de abril de 2014

O preço da liberdade

     Pesquisa recente mostra que a maioria dos brasileiros acredita que hoje tem mais corrupção do que no tempo do regime militar, mesmo assim não deseja a volta da ditadura. Até porque é mais fácil manter a ordem civil por um "AI 5" – ato constitucional que deu plenos poderes ditatoriais ao governo – no lugar do governo democrático. Alguns até pensam que "bom era naquele tempo" quando não havia tanta corrupção e impunidade. 
     Lembro, no entanto, que o meu tio, pastor, foi intimado pelos militares porque reclamou dos buracos nas ruas da sua cidade. Se hoje nossas reclamações não são atendidas pelos governantes e se há decepção com a política, é preciso recusar os atalhos e seguir o caminho da ordem democrática.

    Algo parecido acontece na vida cristã quando Paulo escreve que "Cristo nos libertou para que sejamos realmente livres" (Gálatas 5.1). Havia um perigo iminente que o apóstolo chama de “outro evangelho”, uma ditadura religiosa na igreja da Galácia com certas regras para alguém ser um “bom” cristão.  Paulo sabia o que era viver sob a tortura da lei no tempo do seu radicalismo farisaico. Ele foi o próprio carrasco: “Era tão fanático que persegui a igreja” (Filipenses 3.6). Por isto as palavras: “Continuem firmes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente” (Gálatas 5.1) ao tratar da fé em Jesus que faz a pessoa experimentar a alegria da liberdade nos direitos e deveres do amor ao próximo.

     É claro, política e religião são pratos que não se misturam, e por isto tanta indigestão. No caso da religião que se fundamenta na liberdade cristã, tão defendida pelo apóstolo Paulo, ela tem muito a oferecer para uma nação que busca a ordem civil, as boas relações, a estrutura familiar, o trabalho, a honestidade, o respeito às autoridades – estas coisas básicas da vida humana. Foi o mesmo Paulo quem disse depois de recomendar a ordem política: “Quando as autoridades cumprem os seus deveres, elas estão a serviço de Deus” (Romanos 13.6).
                                                                                                                                        
Marcos Schmidt
pastor luterano
marsch@terra.com.br
Igreja Evangélica Luterana do Brasil

terça-feira, 1 de abril de 2014

Dia da Mentira e a Verdade Divina


      Primeiro de abril é conhecido como “Dia da Mentira.” Às vezes elas são pequenas, aparentemente inofensivas, noutras elas são grandes e parecem destruidoras, a mentira é algo bem presente na vida dos seres humanos. Já dizia o apóstolo Paulo: “Todos mentem e enganam sem parar.” (Rm 3.13)

     Dizem que a mentira tem perna curta, porém algumas andam distâncias incríveis. Diz Provérbios 12.19: “A mentira tem vida curta, mas a verdade vive para sempre.” 
     Ao compararmos a mentira com a verdade eterna de Deus, aí sim podemos dizer que mentira tem vida curta, logo se acaba. Por isso devemos preferir as verdades eternas de Deus. Mas também sabemos que as mentiras voam com o vento e podem destruir a vida de alguém, como também diz Provérbios 25.18: “A pessoa que diz mentiras é tão perigosa quanto uma espada, um porrete ou uma flecha afiada.”
     Jesus disse: “Quando o Diabo mente, está apenas fazendo o que é o seu costume, pois é mentiroso e é o pai de todas as mentiras.” (Jo 8.44) O diabo gosta de mentiras e tem bolado mentiras bem fundamentadas e que parecem ser a verdade. Cuidado, ele engana a muitos! 
     Mas, por sua graça, Deus nos deixou a Palavra da verdade que revela e condena a mentira e o erro. Diante dela, nós também somos condenados por nossas mentiras e nossos pecados. 
    Porém, ela aponta a uma verdade que salva e perdoa. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim.” (Jo 14.6) “Portanto, abandonem tudo o que é mau, toda mentira, fingimento, inveja e críticas injustas.” (1 Pedro 2:1) Amém.
 
Pr.Ismael Verdin
Porto Ferreira (SP)