quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

JESUS, NOSSA ALEGRIA é domingo

Está chegando o dia da Celebração de Natal da Igreja Luterana de Ribeirão Preto: domingo, 19, a partir das 19h30min. Natal Igreja Luterana RP 2010
O tema deste ano é JESUS, A NOSSA ALEGRIA.  Ao revivermos a história do Natal cristão, revelado nas Escrituras, iremos ver como a vinda de Jesus Cristo foi motivo de alegria para diversas pessoas – e o é para nós hoje. 
A Celebração terá canções natalinas tradicionais e contemporâneas, poesias, encenação, e muito mais. 
Uma das novidades deste ano é a participação de crianças do projeto social de ensino de inglês que a Igreja desenvolve: canções e poesias em inglês!
Outra atração é o pinheiro natural, adornado com luzes, símbolos e, claro, um presépio.
A entrada é franca. Participe e traga seus familiares, amigos, vizinhos, colegas…
Venha celebrar o verdadeiro sentido do Natal: JESUS É A NOSSA ALEGRIA!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Reflexão: Sirene para o Natal

Falhas humanas desta natureza estão cada vez mais evidentes quando depende-se da tecnologia para quase tudo nesta vida cibernética. A palavra “cibernética” vem do grego e significa “timoneiro”,  aquele que pilota a embarcação. Hoje é um termo usual para expressar a complicada relação homem-máquina. Além da nociva dependência tecnológica, também nos transformamos em robôs ao fazer as coisas automaticamente – sem nos dar conta dos atos e das consequências. Deve ter sido assim com a enfermeira, também vítima da rotina estressante de um despreparado hospital. Ela não percebeu que injetava na veia da menina a própria morte.

É Advento, tempo para fugir da automação espiritual e refletir mais atentamente sobre o que é soro e o que é vaselina nesta sociedade que virou um grande e confuso hospital. Por isto a voz de João Batista, sempre destacada neste período no púlpito das igrejas: “Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto” (Mateus 3.2). Arrepender-se literalmente no grego é “mudar de mente”. Naquele tempo bíblico como hoje, as pessoas corriam sem saber para onde iam, e injetavam nas veias da alma uma religiosidade viscosa e mortal. Por isto a ordem: “Preparem o caminho para o Senhor passar” (3.3). Igual a ambulância que pede passagem, esta é estridente sirene para o Natal do Deus que se tornou gente a fim de salvar as gentes desenganadas. Graças a Deus que ainda é tempo para dar passagem...

Marcos Schmidt

pastor luterano   

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Igreja recebe novos irmãos

DSC01187 A Igreja Luterana de Ribeirão Preto, SP, tem dois novos irmãos na fé: o casal Daiana M. L. dos Santos e Helio  dos Santos Junior.  Os dois foram recebidos por Profissão de Fé durante o culto realizado no dia 5 de dezembro. 
(Desejamos ao casal a graciosa bênção de Deus, para que possam continuar firmes na fé cristã que professam e ser uma luz para que mais pessoas cheguem à fé em Jesus Cristo.)
> Veja o video de acolhida para o casal: http://www.youtube.com/watch?v=bloG4iqXg3M

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Natal de Amor chega à reta final

A Igreja Luterana de Ribeirão Preto lançou no dia 3 de outubro, durante o seu culto regular, uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis.


Denominada Natal de Amor, a ação social tem como objetivo arrecadar alimentos a serem doados em dezembro para uma (ou mais) instituição social de Ribeirão Preto. Será um "presente" de Natal dos luteranos para pessoas que precisam de ajuda.

Os donativos podem ser entregue nos cultos, em local indicado do templo.  Também podem ser entregues durante a semana, sob agendamento de horário.  Em caso de doações maiores, também existe a possibilidade de haver retirada no local.

Até hoje, foram arrecadas cerca de 30 kilos de alimentos.

A Campanha será concluida nos primeiros dias de dezembro.  A instituição que receberá o apoio será informada no culto do dia 5 de dezembro.

Informações podem ser obtidas pelo telefone 3639 2407 ou pelo e-mail igrejaluteranarp@gmail.com

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mensagem: A profecia de Silvio Santos

Agora é hora de alegria, vamos sorrir e cantar. Do mundo não se leva nada, vamos sorrir e cantar. Sílvio Santos vem aí... Quem não conhece esta marchinha? No entanto, o apresentador mais popular do Brasil está vivendo na carne a profecia que “do mundo não se leva nada”. Em dezembro ele completa 80 anos, e recebe um presente de grego – ele que é de origem grega. Um dos negócios dele, o Panamericano, está falido. Este banco usou dinheiro que não tinha como garantia de empréstimo, uma fraude de R$ 2,5 bilhões. Nesta semana Silvio Santos anunciou que vai demitir 40 parentes envolvidos no esquema. Até parece Ali Babá e os 40 ladrões. A lenda conta que Ali Babá, um pobre lenhador árabe, encontrou um tesouro numa caverna, que se abre com as palavras "Abre-te Sésamo". Na história real, as palavras mágicas estavam nos baús de presentes de Natal para crianças, vendidas em prestações, que se transformaram no famoso Baú da Felicidade. 

Histórias assim ouvimos todos os dias: gente “rica” que é pobre mas vive com aparência de riqueza, fortunas que desaparecem, fraudes, parentes que enganam parentes, empresas familiares que quebram na segunda ou terceira geração, e tantas outras parecidas. São as surpresas dos “baús” deste mundo onde tudo passa. “Nú saí do ventre de minha mãe, e nú voltarei”, queixou-se o sofrido Jó. O rico rei Salomão também sabia que “como entramos neste mundo, assim também saímos, isto é, sem nada” (Eclesiastes 5.15). Por isto, nenhuma surpresa a desventura do Silvio Santos. Bancos e empresas quebram todo o santo dia. Aliás, desconfia-se que outros bancos onde nosso dinheiro está guardado também escondem o jogo num baú repleto de fraudes.

Por isto a história do Natal, o baú da felicidade sem surpresas desagradáveis. Natal é o inverso do Panamericano, que se fez de rico mas era pobre. No baú da manjedoura, Jesus Cristo que era rico, se tornou pobre para que nós ficássemos ricos por meio da pobreza dele (2 Coríntios 8.9). Ele, num domingo, entrou em Jerusalém e as pessoas cantavam Agora é hora de alegria, vamos sorrir e cantar. Do mundo não se leva nada, vamos sorrir e cantar. Jesus Cristo vem aí... Melhor mesmo as palavras do evangelista: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Marcos 11.9).

Marcos Schmidt

pastor luterano   

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Reflexão: Ricos demais

Um casal idoso do Canadá não conseguiu se adaptar à vida de milionário e resolveu doar 98% dos 19 milhões de reais que ganhou numa loteria. A doação foi feita para organizações de caridade, instituições sociais e também para hospitais onde a esposa fez tratamento contra um câncer. Semana passada o estranho gesto despertou o interesse dos jornais.

Numa entrevista, o casal explicou: “Ninguém entende por que demos o dinheiro, mas nós não precisávamos daquela fortuna”.

Alguém pode pensar: “Já estão no final mesmo”. Sim, mas não seria a oportunidade para aproveitar o que resta da vida, conhecer o mundo, usufruir intensamente os prazeres do conforto, da tecnologia, sobretudo neste período quando a velhice gera inúmeras limitações?

Histórias assim impressionam. Afinal, vivemos tempos marcados pelos “prazeres da modernidade”. Dias atrás encontrei o seguinte destaque numa revista eletrônica sobre moda de roupa: “Glamour e hedonismo podem ser adquiridos a preços acessíveis”. Chamou-me atenção a palavra hedonismo. É uma filosofia da Grécia antiga que considera o prazer a finalidade da vida. Jesus usou esta palavra na parábola do Semeador, ao dizer que “as sementes que caíram no meio dos espinhos são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém as preocupações, as riquezas e os prazeres (hedonón no grego) desta vida aumentam e sufocam essas pessoas. Por isso os frutos que elas produzem nunca amadurecem” (Lucas 8.14). Os frutos da fé nele, bem sabemos, são o amor ao próximo, um amor maravilhosamente exemplificado em outra parábola, a do bom samaritano (Lucas 10.25-37). 

E não é preciso ser milionário para obedecer o que Jesus diz no fim da história bíblica “vá e faça a mesma coisa”. A cada dia, cada hora, no nosso caminho surge alguém “assaltado” por problemas e necessidades. Para ajudá-lo, teremos que sair do conforto de nossa rotina, dos trilhos de nossa comodidade. Mas, como disse este casal bondoso, eles se consideravam felizardos apenas por estarem vivos, e tinham um ao outro. Algo parecido quando Paulo escreveu: “Pois para mim, viver é Cristo e morrer é lucro. Mas, se eu continuar vivendo, poderei ainda fazer algum trabalho útil” (Filipenses 1.21,22).  

Marcos Schmidt

pastor luterano 

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pastor Davis visita Igreja Luterana de RP

DSC05182

O pastor Davis Seibel e sua família estiveram alguns dias em Ribeirão Preto, visitando irmãos da Igreja Luterana da cidade.  Davis foi extagiário em Teologia na Congregação Cristo Para Todos em 1997. 

Ele é casado com Iris, que é irmã da Cleci, membro da Igreja em Ribeirão.  No domingo, 31 de outubro, foi marcada uma janta para que a família pastoral fosse recepcionada, na casa do irmão Jair Fetsch

O pastor Davis, que trabalhava em Sapucaia do Sul, RS, está de viagem para a paróquia de Açailândia, MA, onde assumirá os trabalhos a partir deste mês. 

(Na foto, a visita que a família Seibel fez à família pastoral de Ribeirão Preto, no dia 2 de novembro.)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mensagem: Reforma - Eu e o Senhor somos maioria


 Usei esta frase outro dia em um devocional: “Eu mais o Senhor somos maioria!” Esta é uma frase de efeito, mas não é só isso. Ela contém uma verdade fundamental, e uma afirmação de fé muito consistente. Quando aplicamos essa frase à Reforma podemos ver a ação de Deus na história, usando Lutero como instrumento na restauração da verdade.

Quando pensamos na Reforma falamos do movimento religioso que propunha reformar uma série de doutrinas e práticas que estavam em vigor na Igreja e que não estavam de acordo com princípios cristãos expostos na Bíblia. Lutero não queria e nunca foi sua intenção fundar uma nova Igreja, mas sim que a Igreja reconhecesse seus erros e os coibisse. Muitos não veem neste período mais do que um movimento de oposição político-religioso, mas queremos lembrar que ele foi bem mais do que isso, ele foi um movimento de fé, motivado e empurrado por ela para o resgate de uma verdade necessária e fundamental para todo o ser humano, de que nós somos salvos, vivemos e somos perdoados por um ato da misericórdia e da bondade de nosso Deus, que veio ao nosso encontro no seu Filho o Salvador Jesus. Não foi porque fizemos alguma coisa, mas porque Deus nos amou.

Conta a história que Lutero, já professor e Doutor, numa das noites de 1514 fez uma grande descoberta. Estava trabalhando em suas anotações sobre o livro de Salmos. O salmista tinha citado as palavras que Jesus proferiu sobre a cruz: “Deus meu, Deus meu porque me abandonaste?” Lutero estava intrigado, porque haveria o santo filho de Deus sentir-se abandonado pelo Pai? Lutero tinha se sentido assim muitas vezes, mas ele era pecador e Jesus era puro e sem pecado. A única resposta é que Cristo tomou sobre si mesmo os nossos pecados. Certamente o Deus que fez isso por nós é um Deus misericordioso! No entanto Deus não é apenas misericordioso; ele é também santo e justo. Lutero já tinha se deparado com as palavras, “Justiça de Deus!” Para ele isso mostrava que Deus demonstra a sua justiça e sua retidão castigando os pecadores, essas palavras eram motivo de temor. Como Paulo muitas vezes desenvolve esse conceito, Lutero se volta para as suas cartas na tentativa de entendê-lo melhor. Em Romanos 1.17 podemos ler: “Visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”. Lutero pode perceber o real significado do termo “Justiça de Deus”, que não significa a bondade que o próprio Deus tem, mas sim a bondade que ele nos outorga, essa justiça não é uma recompensa, mas sim um presente gratuito dado a todo aquele que crê que Jesus sofreu e morreu pelos seus pecados, em seu lugar. Lutero ficou emocionado com essa redescoberta e disse: “Senti-me exatamente como se tivesse nascido de novo”. Pela primeira vez em sua vida Lutero pode ter a certeza de que os seus pecados estavam perdoados. Deus não deixou de ser justo, ele castigou o pecado, mas não em nós, ele castigou o pecado em seu Filho.

Deus, em sua sabedoria, providenciou um momento histórico propício para que a Reforma pudesse acontecer. No dia 31 de Outubro de 1517, Lutero fixa na porta da Catedral de Wittemberg, 95 despretensiosas teses. Lutero se propunha a um debate acadêmico sobre o valor das indulgências e seus efeitos na vida dos cristãos, das Comunidades Cristãs e da Igreja Cristã. A partir desse momento, nem Lutero poderia ter previsto o que iria acontecer. Os fatos se desenrolaram de tal forma que Lutero foi levado a defender e aprofundar cada vez mais as verdades que defendia. Ele estava se indispondo contra a autoridade máxima do Império. O fato é que a Reforma se desencadeia e Lutero em pouco tempo se vê diante do próprio Imperador defendendo essas verdades. 

Apesar do Papa ter excomungado Lutero em janeiro de 1521, quem poderia declarar Lutero um fora-da-lei era o Imperador Carlos V, mas o Imperador precisava do apoio da Alemanha contra a França e os Turcos e não podia se indispor contra os príncipes eleitores da Alemanha. Lutero, como poucos, viveu a frase acima. “Eu e Deus somos maioria!” Muitas vezes ele questionou se estava de fato certo. Mas amparado pela Palavra de Deus e pela certeza de que estava de acordo com ela, compareceu diante do Imperador na dieta de Worms para defender as verdades bíblicas e doutrinárias redescobertas na Palavra e expostas em seus escritos.  Os seus amigos insistiram para que ele não fosse, ao que ele respondeu: “Cristo ainda vive, e eu entrarei em Worms a despeito dos portões do Inferno e dos poderes das trevas.” Num primeiro momento, em que estavam presentes todas as autoridades do Império, e o próprio Imperador, lhe lançaram uma pergunta de duplo sentido em que cabia a ele apenas se retratar, “Dr. Lutero, o senhor admite que esses livros são seus e que estava errado no que escreveu?” Os títulos foram lidos e Lutero pede um tempo para pensar, pois argumenta que a questão diz respeito a Deus e a fé das pessoas. No dia seguinte Lutero, mais seguro, responde sobre a questão, e diz: “A menos que me convençam pela Escritura ou por razões claras, de que estou errado, eu permaneço constrangido pelas Escrituras. Não posso me retratar, Deus me ajude. Amém.” Ali estava Lutero! Sozinho? Não, com a maioria que é Deus. Deus estava no contexto histórico e político, nos amigos que o apoiavam, nos príncipes cristãos que reconheceram em seus escritos a autoridade da Palavra, ou seja, Lutero mais Deus era maioria!

Tudo isso é mais do que uma boa história. O que a mensagem da Reforma tem a nos dizer ainda hoje? Tudo o que o próprio Evangelho nos diz, e o que relembra o apóstolo Paulo em Efésios 2. 8-9 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” O centro do próprio Evangelho é o que Lutero redescobriu de que nós somos salvos por um ato de pura bondade e amor de nosso Deus, a Graça, e que recebemos essa salvação  pela fé em Jesus.

 
Qual a relevância dessa mensagem hoje? – Penso nas muitas pessoas que se sentem culpadas por causa de seus pecados e não tem a certeza de saberem que são perdoadas pela Graça de Deus. - Penso nas muitas pessoas que ainda hoje vivem em sistemas religiosos que não deixam claro o favor de Deus. – Penso nas muitas pessoas que não se sentem amadas e queridas, por não terem a consciência de que Jesus morreu por todo o mundo, mas que morreu por elas individualmente. – Penso nas muitas pessoas que se esforçam muito em suas vidas, e tentam assim comprar a salvação e obter o favor de Deus e não tem a certeza de que o favor de Deus é Graça de graça. – Penso nas muitas pessoas que poderiam viver com alegria a sua fé, capacitadas por Deus, por amor e gratidão ao Salvador, mas ainda tem pavor de Deus. - Penso nas muitas pessoas desesperadas na hora de sua morte por uma consciência atribulada e que morrem em completo desespero. – Penso nas muitas pessoas que vão ser condenadas ao Inferno por não confiarem em Jesus como seu Salvador. - Por todos esses motivos lembrar de que nós somos salvos pela graça de Deus é a coisa mais importante que nós podemos fazer.

Que Deus nos abençoe quando celebramos a Reforma, que não seja apenas o momento de exaltar um herói da fé como foi Lutero, mas seja um momento de gratidão pela salvação que nós temos em Cristo. Amém



“O justo viverá por fé.” Romanos 1.17.



Rev. Rubens José Ogg - Secretário Nacional da IELB

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Reflexão: Fio de ouro

Dilma ou Serra? Independente do resultado neste domingo, as Escrituras afirmam que “nenhuma autoridade existe sem a permissão de Deus” (Romanos 13.1). Isto é questão de fé, logicamente. Uma confiança que afirma que em Deus “vivemos, nos movemos e existimos (Atos 17.28); uma certeza que sustenta a insignificante contabilidade divina dos fios de cabelos da cabeça, que não caem sem a permissão do Criador (Lucas 21.18). 

Desde aquele dia quando Deus criou os céus e a terra (Gênesis 1.1), há outro fio, invisível, de “ouro”, que segue pelos tempos e atravessa a história humana, e que, mesmo sem a maioria perceber, rege o mundo, governos e pessoas. E se o Rei dos reis foi o “santinho” em destaque nesta corrida presidencial, mesmo depois descartado junto aos restos de campanha, ainda continuará mexendo os pauzinhos. Aliás, isto a gente sempre faz – só lembra de Deus na hora que precisa e depois...

Em todo o caso, governos, por melhores ou piores, deste ou daquele partido, são a mão de Deus, necessários para a ordem e sobrevivência. Pais, mães, patrões, chefes, professores, policiais, enfim, por melhores ou piores, qualquer função existe “porque as autoridades estão a serviço de Deus para o bem” das pessoas (Rm 13.4). O que seria deste planetinha azul sem o comando no lar, na empresa, na escola, no país? Especialmente através do poder público Deus protege e sustenta a família, a vida, a propriedade, a honra e a dignidade do povo, preservando a ordem e a disciplina. Não é por menos a recomendação: “Por isso você deve obedecer às autoridades, não somente por causa do castigo de Deus, mas também porque a sua consciência manda que você faça isso (Rm 13..5).

Esta certeza – de que este Deus que amou o mundo de tal maneira e que tem o domínio total nas pequenas e grandes coisas – tranquiliza o coração daqueles que dão a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Uma certeza que também faz agir na oração “pelos reis e por todos os outros que têm autoridade, para que possamos viver uma vida calma e pacífica, com dedicação a Deus e respeito aos outros” (1 Timóteo 2.2).
 


Marcos Schmidt
                pastor luterano 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Reflexão: Religião e Política

Alguém certa vez disse: “Política e religião não se deve discutir”. Outro afirmou: “Religião e política não devem se misturar”.
Ambas as frases viraram ironia, pois política e religião, ao lado do futebol, são os assuntos sempre presentes nas rodas de conversa. Tais debates são positivos, em especial se forem discutidos em níveis construtivos. Porém misturar a religião com a política é um grande erro. Cristo jamais assumiu uma posição partidária.
Infelizmente tal erro tem sido comum na corrida pela presidência do Brasil.
No tempo de Jesus a situação política era bastante curiosa: o império romano havia invadido a Palestina e dominavam o povo. O Imperador (César) colocava um governador como representante no local (Pilatos) e para dar uma de bonzinho permitia que o povo tivesse um rei (Herodes), que na verdade tinha um poder muito limitado e que devia ser sempre submisso a César. O povo estava cansado dessa submissão.
Nessa efervescência partidária pedem para Jesus se posicionar, fazendo-lhe uma pergunta sobre o imposto. A pergunta foi: “é ou não é contra a nossa Lei pagar impostos ao Imperador Romano (César)?
O texto escrito em Mateus 22.15-22 revela que Jesus sabia que se tratava de uma armadilha, pois se ele dissesse que era justo, o partido dos judeus ficaria contra ele. Se ele dissesse que não era justo, o partido ligado ao governo iria o prender.
Jesus então pergunta de quem era o desenho que havia na moeda. As pessoas prontamente disseram que era o desenho de César (imperador). Então diz a famosa frase: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Com essa frase Jesus não estava ficando em cima do muro, ele não estava apenas dando uma de esperto, mas estava estabelecendo a verdade de que política e religião não se misturam.
Um posicionamento partidário, como diz a palavra, é a favor de uma “parte” e não de “todos”. Cristo é para todos.
Na política, o cristão individualmente estabelece o ponto de contato, sendo sal e luz do mundo. Assumamos individualmente, com o voto, nossas convicções, mas certos de que nenhum ser humano é perfeito e digno de toda confiança (Sl 146).
Na religião, o dever daquele que proclama a Palavra de Deus é anunciar o nome de Jesus. Nele podemos confiar. Podemos não somente depositar nosso voto, mas toda a nossa vida em suas mãos (Sl 37.5).
Pastor Ismar Lambrecht Pinz