quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mensagem: O choro do Natal

O choro de uma criança nem sempre é bem vindo; afinal representa desconforto do bebê e a necessidade de alguma ação por parte dos pais. Porém, em um momento especial o choro é esperado e até festejado. Refiro-me a hora do nascimento.

Sou pai de dois belos filhos – um menino de 6 anos (Leonardo) e uma menina de 3 anos (Isabela). Eles têm em comum, além dos pais, o fato de que ambos nasceram prematuros e ambos em parto normal. Foi uma aflição muito grande ver o pequeno Leonardo nos braços do médico sem esboçar muita reação. Após uma e outra intervenção da pediatra ele deu um pequeno choro – que apesar de minúsculo, trouxe grande alívio! As horas posteriores ao nascimento continuaram tensas, mas o alívio e a alegria daquele pequeno choro nos fortaleciam, pois era o som de quem lutava pela vida. Nataldj16

Quanta alegria traz o choro de uma criança recém-nascida! Fico imaginando o que representa esse som para as mamães. Depois do esforço e da dor do parto aquele buáááá estridente deve ser música de alta qualidade!

Em mais um Natal penso no choro do menino Jesus e creio ter sido o tom para iniciar o cantarolar de milhares de anjos. Todo o Universo ouviu aquele choro! A noite se iluminou! Os animais se movimentaram mais alegres e a Estrela Guia surgiu do nada para iluminar os caminhos. Afinal, não era apenas mais um choro, era o som que vinha da boca de Deus, o Deus que de tão grandioso se fez pequeno e nasceu como um de nós!

Céus e terra passarão, mas aquele “choro”, a Palavra de Deus, permanecerá para sempre! (1 Pe 1.24)

Há outros choros nos natais dos dias de hoje! Choro do menino pobre sem presentes. Choro do menino rico que não se contenta com nada. Choro do solitário! Choro do enlutado! O Natal desperta as mais fortes emoções, sejam de alegria ou de tristeza. Quando a emoção nasce do verdadeiro Natal as lágrimas, ainda que acompanhadas de malancolia, limparão os olhos para uma visão mais clara e precisa.

O Menino que chorou na bem-aventurada Noite na cidade de Belém cresceu e voltou a chorar diante da morte, diante da injustiça das pessoas. Ele ofereceu toda a sua lágrima e todo o seu sangue para fazer nascer o sorriso do perdão.

Hoje ainda há um choro que é muito bem vindo. Não necessariamente de uma criança. Trata-se do choro do arrependimento e da fé. Em sua misericórdia, Deus providencia a cada um a chance de recomeçar através do perdão e sempre nos convida a uma vida de arrependimento e de paz.

Em Jesus temos o perdão, e no seu perdão acontece um Novo Natal, pois é nele que Jesus “renasce” em nossos corações, não em choro, mas em gargalhadas de alegria, pois há festa no Céu diante de cada pecador que se arrepende (Lc 15.7) – é ali que está o verdadeiro Natal.

Pastor Ismar Lambrecht Pinz

Três Vendas, Pelotas, RS

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Um Natal de alegria em Ribeirão Preto

A Igreja Luterana de Ribeirão Preto celebrou o Natal com um programação especial.  Realizada no dia 19 de dezembro, a celebração teve como nome Jesus é a nossa alegria.  Momentos da história do nascimento de Jesus foram lembrados com narrações, canções natalinas, poesias, encenação.  As crianças da escola bíblica participaram com poesias e uma canção.  Também as crianças do curso de inglês (oferecido pela Igreja com o objetivo de inclusão social) participaram com poesias e músicas natalinas em inglês.  Após o “Noite Feliz”, os presentes se abraçaram com votos de “Feliz Natal” e se reuniram para um momento de confraternização. 
Veja algumas imagens
Natal 10 RP ALGUNS DOS PARTICIPANTES


















AS CRIANÇAS DA ESCOLA BÍBLICA
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ENCENAÇÃO
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CANTO DAS CRIANÇAS DO CURSO DE INGLÊS
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MOMENTO DO “FELIZ NATAL”
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ENTREGA DO “PACOTINHOS PARA AS CRIANÇAS
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

JESUS, NOSSA ALEGRIA é domingo

Está chegando o dia da Celebração de Natal da Igreja Luterana de Ribeirão Preto: domingo, 19, a partir das 19h30min. Natal Igreja Luterana RP 2010
O tema deste ano é JESUS, A NOSSA ALEGRIA.  Ao revivermos a história do Natal cristão, revelado nas Escrituras, iremos ver como a vinda de Jesus Cristo foi motivo de alegria para diversas pessoas – e o é para nós hoje. 
A Celebração terá canções natalinas tradicionais e contemporâneas, poesias, encenação, e muito mais. 
Uma das novidades deste ano é a participação de crianças do projeto social de ensino de inglês que a Igreja desenvolve: canções e poesias em inglês!
Outra atração é o pinheiro natural, adornado com luzes, símbolos e, claro, um presépio.
A entrada é franca. Participe e traga seus familiares, amigos, vizinhos, colegas…
Venha celebrar o verdadeiro sentido do Natal: JESUS É A NOSSA ALEGRIA!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Reflexão: Sirene para o Natal

Falhas humanas desta natureza estão cada vez mais evidentes quando depende-se da tecnologia para quase tudo nesta vida cibernética. A palavra “cibernética” vem do grego e significa “timoneiro”,  aquele que pilota a embarcação. Hoje é um termo usual para expressar a complicada relação homem-máquina. Além da nociva dependência tecnológica, também nos transformamos em robôs ao fazer as coisas automaticamente – sem nos dar conta dos atos e das consequências. Deve ter sido assim com a enfermeira, também vítima da rotina estressante de um despreparado hospital. Ela não percebeu que injetava na veia da menina a própria morte.

É Advento, tempo para fugir da automação espiritual e refletir mais atentamente sobre o que é soro e o que é vaselina nesta sociedade que virou um grande e confuso hospital. Por isto a voz de João Batista, sempre destacada neste período no púlpito das igrejas: “Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto” (Mateus 3.2). Arrepender-se literalmente no grego é “mudar de mente”. Naquele tempo bíblico como hoje, as pessoas corriam sem saber para onde iam, e injetavam nas veias da alma uma religiosidade viscosa e mortal. Por isto a ordem: “Preparem o caminho para o Senhor passar” (3.3). Igual a ambulância que pede passagem, esta é estridente sirene para o Natal do Deus que se tornou gente a fim de salvar as gentes desenganadas. Graças a Deus que ainda é tempo para dar passagem...

Marcos Schmidt

pastor luterano   

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Igreja recebe novos irmãos

DSC01187 A Igreja Luterana de Ribeirão Preto, SP, tem dois novos irmãos na fé: o casal Daiana M. L. dos Santos e Helio  dos Santos Junior.  Os dois foram recebidos por Profissão de Fé durante o culto realizado no dia 5 de dezembro. 
(Desejamos ao casal a graciosa bênção de Deus, para que possam continuar firmes na fé cristã que professam e ser uma luz para que mais pessoas cheguem à fé em Jesus Cristo.)
> Veja o video de acolhida para o casal: http://www.youtube.com/watch?v=bloG4iqXg3M

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Natal de Amor chega à reta final

A Igreja Luterana de Ribeirão Preto lançou no dia 3 de outubro, durante o seu culto regular, uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis.


Denominada Natal de Amor, a ação social tem como objetivo arrecadar alimentos a serem doados em dezembro para uma (ou mais) instituição social de Ribeirão Preto. Será um "presente" de Natal dos luteranos para pessoas que precisam de ajuda.

Os donativos podem ser entregue nos cultos, em local indicado do templo.  Também podem ser entregues durante a semana, sob agendamento de horário.  Em caso de doações maiores, também existe a possibilidade de haver retirada no local.

Até hoje, foram arrecadas cerca de 30 kilos de alimentos.

A Campanha será concluida nos primeiros dias de dezembro.  A instituição que receberá o apoio será informada no culto do dia 5 de dezembro.

Informações podem ser obtidas pelo telefone 3639 2407 ou pelo e-mail igrejaluteranarp@gmail.com

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mensagem: A profecia de Silvio Santos

Agora é hora de alegria, vamos sorrir e cantar. Do mundo não se leva nada, vamos sorrir e cantar. Sílvio Santos vem aí... Quem não conhece esta marchinha? No entanto, o apresentador mais popular do Brasil está vivendo na carne a profecia que “do mundo não se leva nada”. Em dezembro ele completa 80 anos, e recebe um presente de grego – ele que é de origem grega. Um dos negócios dele, o Panamericano, está falido. Este banco usou dinheiro que não tinha como garantia de empréstimo, uma fraude de R$ 2,5 bilhões. Nesta semana Silvio Santos anunciou que vai demitir 40 parentes envolvidos no esquema. Até parece Ali Babá e os 40 ladrões. A lenda conta que Ali Babá, um pobre lenhador árabe, encontrou um tesouro numa caverna, que se abre com as palavras "Abre-te Sésamo". Na história real, as palavras mágicas estavam nos baús de presentes de Natal para crianças, vendidas em prestações, que se transformaram no famoso Baú da Felicidade. 

Histórias assim ouvimos todos os dias: gente “rica” que é pobre mas vive com aparência de riqueza, fortunas que desaparecem, fraudes, parentes que enganam parentes, empresas familiares que quebram na segunda ou terceira geração, e tantas outras parecidas. São as surpresas dos “baús” deste mundo onde tudo passa. “Nú saí do ventre de minha mãe, e nú voltarei”, queixou-se o sofrido Jó. O rico rei Salomão também sabia que “como entramos neste mundo, assim também saímos, isto é, sem nada” (Eclesiastes 5.15). Por isto, nenhuma surpresa a desventura do Silvio Santos. Bancos e empresas quebram todo o santo dia. Aliás, desconfia-se que outros bancos onde nosso dinheiro está guardado também escondem o jogo num baú repleto de fraudes.

Por isto a história do Natal, o baú da felicidade sem surpresas desagradáveis. Natal é o inverso do Panamericano, que se fez de rico mas era pobre. No baú da manjedoura, Jesus Cristo que era rico, se tornou pobre para que nós ficássemos ricos por meio da pobreza dele (2 Coríntios 8.9). Ele, num domingo, entrou em Jerusalém e as pessoas cantavam Agora é hora de alegria, vamos sorrir e cantar. Do mundo não se leva nada, vamos sorrir e cantar. Jesus Cristo vem aí... Melhor mesmo as palavras do evangelista: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Marcos 11.9).

Marcos Schmidt

pastor luterano   

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Reflexão: Ricos demais

Um casal idoso do Canadá não conseguiu se adaptar à vida de milionário e resolveu doar 98% dos 19 milhões de reais que ganhou numa loteria. A doação foi feita para organizações de caridade, instituições sociais e também para hospitais onde a esposa fez tratamento contra um câncer. Semana passada o estranho gesto despertou o interesse dos jornais.

Numa entrevista, o casal explicou: “Ninguém entende por que demos o dinheiro, mas nós não precisávamos daquela fortuna”.

Alguém pode pensar: “Já estão no final mesmo”. Sim, mas não seria a oportunidade para aproveitar o que resta da vida, conhecer o mundo, usufruir intensamente os prazeres do conforto, da tecnologia, sobretudo neste período quando a velhice gera inúmeras limitações?

Histórias assim impressionam. Afinal, vivemos tempos marcados pelos “prazeres da modernidade”. Dias atrás encontrei o seguinte destaque numa revista eletrônica sobre moda de roupa: “Glamour e hedonismo podem ser adquiridos a preços acessíveis”. Chamou-me atenção a palavra hedonismo. É uma filosofia da Grécia antiga que considera o prazer a finalidade da vida. Jesus usou esta palavra na parábola do Semeador, ao dizer que “as sementes que caíram no meio dos espinhos são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém as preocupações, as riquezas e os prazeres (hedonón no grego) desta vida aumentam e sufocam essas pessoas. Por isso os frutos que elas produzem nunca amadurecem” (Lucas 8.14). Os frutos da fé nele, bem sabemos, são o amor ao próximo, um amor maravilhosamente exemplificado em outra parábola, a do bom samaritano (Lucas 10.25-37). 

E não é preciso ser milionário para obedecer o que Jesus diz no fim da história bíblica “vá e faça a mesma coisa”. A cada dia, cada hora, no nosso caminho surge alguém “assaltado” por problemas e necessidades. Para ajudá-lo, teremos que sair do conforto de nossa rotina, dos trilhos de nossa comodidade. Mas, como disse este casal bondoso, eles se consideravam felizardos apenas por estarem vivos, e tinham um ao outro. Algo parecido quando Paulo escreveu: “Pois para mim, viver é Cristo e morrer é lucro. Mas, se eu continuar vivendo, poderei ainda fazer algum trabalho útil” (Filipenses 1.21,22).  

Marcos Schmidt

pastor luterano 

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pastor Davis visita Igreja Luterana de RP

DSC05182

O pastor Davis Seibel e sua família estiveram alguns dias em Ribeirão Preto, visitando irmãos da Igreja Luterana da cidade.  Davis foi extagiário em Teologia na Congregação Cristo Para Todos em 1997. 

Ele é casado com Iris, que é irmã da Cleci, membro da Igreja em Ribeirão.  No domingo, 31 de outubro, foi marcada uma janta para que a família pastoral fosse recepcionada, na casa do irmão Jair Fetsch

O pastor Davis, que trabalhava em Sapucaia do Sul, RS, está de viagem para a paróquia de Açailândia, MA, onde assumirá os trabalhos a partir deste mês. 

(Na foto, a visita que a família Seibel fez à família pastoral de Ribeirão Preto, no dia 2 de novembro.)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mensagem: Reforma - Eu e o Senhor somos maioria


 Usei esta frase outro dia em um devocional: “Eu mais o Senhor somos maioria!” Esta é uma frase de efeito, mas não é só isso. Ela contém uma verdade fundamental, e uma afirmação de fé muito consistente. Quando aplicamos essa frase à Reforma podemos ver a ação de Deus na história, usando Lutero como instrumento na restauração da verdade.

Quando pensamos na Reforma falamos do movimento religioso que propunha reformar uma série de doutrinas e práticas que estavam em vigor na Igreja e que não estavam de acordo com princípios cristãos expostos na Bíblia. Lutero não queria e nunca foi sua intenção fundar uma nova Igreja, mas sim que a Igreja reconhecesse seus erros e os coibisse. Muitos não veem neste período mais do que um movimento de oposição político-religioso, mas queremos lembrar que ele foi bem mais do que isso, ele foi um movimento de fé, motivado e empurrado por ela para o resgate de uma verdade necessária e fundamental para todo o ser humano, de que nós somos salvos, vivemos e somos perdoados por um ato da misericórdia e da bondade de nosso Deus, que veio ao nosso encontro no seu Filho o Salvador Jesus. Não foi porque fizemos alguma coisa, mas porque Deus nos amou.

Conta a história que Lutero, já professor e Doutor, numa das noites de 1514 fez uma grande descoberta. Estava trabalhando em suas anotações sobre o livro de Salmos. O salmista tinha citado as palavras que Jesus proferiu sobre a cruz: “Deus meu, Deus meu porque me abandonaste?” Lutero estava intrigado, porque haveria o santo filho de Deus sentir-se abandonado pelo Pai? Lutero tinha se sentido assim muitas vezes, mas ele era pecador e Jesus era puro e sem pecado. A única resposta é que Cristo tomou sobre si mesmo os nossos pecados. Certamente o Deus que fez isso por nós é um Deus misericordioso! No entanto Deus não é apenas misericordioso; ele é também santo e justo. Lutero já tinha se deparado com as palavras, “Justiça de Deus!” Para ele isso mostrava que Deus demonstra a sua justiça e sua retidão castigando os pecadores, essas palavras eram motivo de temor. Como Paulo muitas vezes desenvolve esse conceito, Lutero se volta para as suas cartas na tentativa de entendê-lo melhor. Em Romanos 1.17 podemos ler: “Visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”. Lutero pode perceber o real significado do termo “Justiça de Deus”, que não significa a bondade que o próprio Deus tem, mas sim a bondade que ele nos outorga, essa justiça não é uma recompensa, mas sim um presente gratuito dado a todo aquele que crê que Jesus sofreu e morreu pelos seus pecados, em seu lugar. Lutero ficou emocionado com essa redescoberta e disse: “Senti-me exatamente como se tivesse nascido de novo”. Pela primeira vez em sua vida Lutero pode ter a certeza de que os seus pecados estavam perdoados. Deus não deixou de ser justo, ele castigou o pecado, mas não em nós, ele castigou o pecado em seu Filho.

Deus, em sua sabedoria, providenciou um momento histórico propício para que a Reforma pudesse acontecer. No dia 31 de Outubro de 1517, Lutero fixa na porta da Catedral de Wittemberg, 95 despretensiosas teses. Lutero se propunha a um debate acadêmico sobre o valor das indulgências e seus efeitos na vida dos cristãos, das Comunidades Cristãs e da Igreja Cristã. A partir desse momento, nem Lutero poderia ter previsto o que iria acontecer. Os fatos se desenrolaram de tal forma que Lutero foi levado a defender e aprofundar cada vez mais as verdades que defendia. Ele estava se indispondo contra a autoridade máxima do Império. O fato é que a Reforma se desencadeia e Lutero em pouco tempo se vê diante do próprio Imperador defendendo essas verdades. 

Apesar do Papa ter excomungado Lutero em janeiro de 1521, quem poderia declarar Lutero um fora-da-lei era o Imperador Carlos V, mas o Imperador precisava do apoio da Alemanha contra a França e os Turcos e não podia se indispor contra os príncipes eleitores da Alemanha. Lutero, como poucos, viveu a frase acima. “Eu e Deus somos maioria!” Muitas vezes ele questionou se estava de fato certo. Mas amparado pela Palavra de Deus e pela certeza de que estava de acordo com ela, compareceu diante do Imperador na dieta de Worms para defender as verdades bíblicas e doutrinárias redescobertas na Palavra e expostas em seus escritos.  Os seus amigos insistiram para que ele não fosse, ao que ele respondeu: “Cristo ainda vive, e eu entrarei em Worms a despeito dos portões do Inferno e dos poderes das trevas.” Num primeiro momento, em que estavam presentes todas as autoridades do Império, e o próprio Imperador, lhe lançaram uma pergunta de duplo sentido em que cabia a ele apenas se retratar, “Dr. Lutero, o senhor admite que esses livros são seus e que estava errado no que escreveu?” Os títulos foram lidos e Lutero pede um tempo para pensar, pois argumenta que a questão diz respeito a Deus e a fé das pessoas. No dia seguinte Lutero, mais seguro, responde sobre a questão, e diz: “A menos que me convençam pela Escritura ou por razões claras, de que estou errado, eu permaneço constrangido pelas Escrituras. Não posso me retratar, Deus me ajude. Amém.” Ali estava Lutero! Sozinho? Não, com a maioria que é Deus. Deus estava no contexto histórico e político, nos amigos que o apoiavam, nos príncipes cristãos que reconheceram em seus escritos a autoridade da Palavra, ou seja, Lutero mais Deus era maioria!

Tudo isso é mais do que uma boa história. O que a mensagem da Reforma tem a nos dizer ainda hoje? Tudo o que o próprio Evangelho nos diz, e o que relembra o apóstolo Paulo em Efésios 2. 8-9 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” O centro do próprio Evangelho é o que Lutero redescobriu de que nós somos salvos por um ato de pura bondade e amor de nosso Deus, a Graça, e que recebemos essa salvação  pela fé em Jesus.

 
Qual a relevância dessa mensagem hoje? – Penso nas muitas pessoas que se sentem culpadas por causa de seus pecados e não tem a certeza de saberem que são perdoadas pela Graça de Deus. - Penso nas muitas pessoas que ainda hoje vivem em sistemas religiosos que não deixam claro o favor de Deus. – Penso nas muitas pessoas que não se sentem amadas e queridas, por não terem a consciência de que Jesus morreu por todo o mundo, mas que morreu por elas individualmente. – Penso nas muitas pessoas que se esforçam muito em suas vidas, e tentam assim comprar a salvação e obter o favor de Deus e não tem a certeza de que o favor de Deus é Graça de graça. – Penso nas muitas pessoas que poderiam viver com alegria a sua fé, capacitadas por Deus, por amor e gratidão ao Salvador, mas ainda tem pavor de Deus. - Penso nas muitas pessoas desesperadas na hora de sua morte por uma consciência atribulada e que morrem em completo desespero. – Penso nas muitas pessoas que vão ser condenadas ao Inferno por não confiarem em Jesus como seu Salvador. - Por todos esses motivos lembrar de que nós somos salvos pela graça de Deus é a coisa mais importante que nós podemos fazer.

Que Deus nos abençoe quando celebramos a Reforma, que não seja apenas o momento de exaltar um herói da fé como foi Lutero, mas seja um momento de gratidão pela salvação que nós temos em Cristo. Amém



“O justo viverá por fé.” Romanos 1.17.



Rev. Rubens José Ogg - Secretário Nacional da IELB

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Reflexão: Fio de ouro

Dilma ou Serra? Independente do resultado neste domingo, as Escrituras afirmam que “nenhuma autoridade existe sem a permissão de Deus” (Romanos 13.1). Isto é questão de fé, logicamente. Uma confiança que afirma que em Deus “vivemos, nos movemos e existimos (Atos 17.28); uma certeza que sustenta a insignificante contabilidade divina dos fios de cabelos da cabeça, que não caem sem a permissão do Criador (Lucas 21.18). 

Desde aquele dia quando Deus criou os céus e a terra (Gênesis 1.1), há outro fio, invisível, de “ouro”, que segue pelos tempos e atravessa a história humana, e que, mesmo sem a maioria perceber, rege o mundo, governos e pessoas. E se o Rei dos reis foi o “santinho” em destaque nesta corrida presidencial, mesmo depois descartado junto aos restos de campanha, ainda continuará mexendo os pauzinhos. Aliás, isto a gente sempre faz – só lembra de Deus na hora que precisa e depois...

Em todo o caso, governos, por melhores ou piores, deste ou daquele partido, são a mão de Deus, necessários para a ordem e sobrevivência. Pais, mães, patrões, chefes, professores, policiais, enfim, por melhores ou piores, qualquer função existe “porque as autoridades estão a serviço de Deus para o bem” das pessoas (Rm 13.4). O que seria deste planetinha azul sem o comando no lar, na empresa, na escola, no país? Especialmente através do poder público Deus protege e sustenta a família, a vida, a propriedade, a honra e a dignidade do povo, preservando a ordem e a disciplina. Não é por menos a recomendação: “Por isso você deve obedecer às autoridades, não somente por causa do castigo de Deus, mas também porque a sua consciência manda que você faça isso (Rm 13..5).

Esta certeza – de que este Deus que amou o mundo de tal maneira e que tem o domínio total nas pequenas e grandes coisas – tranquiliza o coração daqueles que dão a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Uma certeza que também faz agir na oração “pelos reis e por todos os outros que têm autoridade, para que possamos viver uma vida calma e pacífica, com dedicação a Deus e respeito aos outros” (1 Timóteo 2.2).
 


Marcos Schmidt
                pastor luterano 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Reflexão: Religião e Política

Alguém certa vez disse: “Política e religião não se deve discutir”. Outro afirmou: “Religião e política não devem se misturar”.
Ambas as frases viraram ironia, pois política e religião, ao lado do futebol, são os assuntos sempre presentes nas rodas de conversa. Tais debates são positivos, em especial se forem discutidos em níveis construtivos. Porém misturar a religião com a política é um grande erro. Cristo jamais assumiu uma posição partidária.
Infelizmente tal erro tem sido comum na corrida pela presidência do Brasil.
No tempo de Jesus a situação política era bastante curiosa: o império romano havia invadido a Palestina e dominavam o povo. O Imperador (César) colocava um governador como representante no local (Pilatos) e para dar uma de bonzinho permitia que o povo tivesse um rei (Herodes), que na verdade tinha um poder muito limitado e que devia ser sempre submisso a César. O povo estava cansado dessa submissão.
Nessa efervescência partidária pedem para Jesus se posicionar, fazendo-lhe uma pergunta sobre o imposto. A pergunta foi: “é ou não é contra a nossa Lei pagar impostos ao Imperador Romano (César)?
O texto escrito em Mateus 22.15-22 revela que Jesus sabia que se tratava de uma armadilha, pois se ele dissesse que era justo, o partido dos judeus ficaria contra ele. Se ele dissesse que não era justo, o partido ligado ao governo iria o prender.
Jesus então pergunta de quem era o desenho que havia na moeda. As pessoas prontamente disseram que era o desenho de César (imperador). Então diz a famosa frase: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Com essa frase Jesus não estava ficando em cima do muro, ele não estava apenas dando uma de esperto, mas estava estabelecendo a verdade de que política e religião não se misturam.
Um posicionamento partidário, como diz a palavra, é a favor de uma “parte” e não de “todos”. Cristo é para todos.
Na política, o cristão individualmente estabelece o ponto de contato, sendo sal e luz do mundo. Assumamos individualmente, com o voto, nossas convicções, mas certos de que nenhum ser humano é perfeito e digno de toda confiança (Sl 146).
Na religião, o dever daquele que proclama a Palavra de Deus é anunciar o nome de Jesus. Nele podemos confiar. Podemos não somente depositar nosso voto, mas toda a nossa vida em suas mãos (Sl 37.5).
Pastor Ismar Lambrecht Pinz

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Crianças (e adultos) fazem a festa em RP

Mais de 50 crianças e adultos participaram do Dia da Crianças Feliz 2010 na Igreja Luterana de Ribeirão Preto, SP, realizado no dia 17 de outubro.
Foi uma tarde de histórias bíblicas, cânticos infantis, brincadeiras, cachorro-quente, refrigerante e picolé.  E presentes para todas as crianças.
O evento, anual, tem um caráter missionário, voltado especialmente para crianças que moram nos bairros vizinhos.  Ao todo, participaram cerca de 30 crianças, sendo que cerca de 20 delas não pertencem à Congregação.
(Veja as outras fotos no álbum da Igreja: http://picasaweb.google.com.br/igrejaluteranarp/DiaDaCriancaFeliz2010 





domingo, 17 de outubro de 2010

Mais um mutirão…

DSC01009 Regularmente membros da Igreja Luterana de Ribeirão Preto realizam mutirões em suas dependências.
O último teve como objetivo organizar o salão de atividades múltiplas e, especialmente, preparar melhor dois espaços para atividades da Escola Bíblica Infantil. 
Foram colocadas prateleiras e estantes (veja no fundo da fotografia) fim de melhor separar os materiais das crianças maiores e das menores. 
Além disso, foram colocadas persianas em duas janelas. 
Por fim, foi dado mais um passo na jardinagem na parte externa do templo.
Participaram oito voluntários.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Mensagem: São José - da mina e do Herval

Qual a relação da história dos 33 mineiros soterrados no Chile com a do gaúcho milionário da Mega Sena? Não é só nome São José! Enquanto os chilenos finalmente são libertos da mina de ouro, o brasileiro agora está soterrado sob o peso de milhões em dinheiro. Alguém deve estar pensado: “Este pastor é mesmo bobo”. Concordo! Quem não sonha em ficar rico, viajar mundo afora, ter uma casa com tudo o que tem direito, viver do bom e do melhor. No entanto, afortunado assim não poderia continuar fazendo o que faço, a não ser que inventasse uma mega igreja da prosperidade. Seria um sucesso. Mas daí teria que enterrar toda a minha teologia.

O novo milionário já descobriu a profundidade do seu tesouro. Está comprando imóveis e veículos à vista para trazer os parentes a Porto Alegre e fugir dos vizinhos e amigos. Ele teme os assédios, assaltos e sequestros. Perdeu a tranquilidade. Já os 33 mineiros podem ficar sossegados. Os parentes, amigos, o Chile inteiro, ninguém está interessado no dinheiro deles. Só querem se aproximar para um abraço. Por isto a contradição das euforias – a festa em São José do Herval e a festa na mina de San José. Uma traz um mundo de cobiça, afasta parentes e amigos; a outra devolve o convívio e o carinho dos parentes e amigos.

A gente passa a vida toda sonhando com coisas extraordinárias e gasta boa parte do tempo em busca de uma sorte grande, e esquece que tem nas mãos um tesouro ao céu aberto. Por outro lado, o que adianta ter uma mina de ouro, se ela prende e sufoca? O Senhor Jesus já alertou: “Arranjem bolsas que não se estragam e guardem as suas riquezas no céu, onde elas nunca se acabarão; porque lá os ladrões não podem roubá-las, e as traças não podem destruí-las. Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês” (Lucas 12.33,34).

E pensando mais, se a previsão do resgate dos mineiros era só para o Natal, então isto tem outra relação. É um presente adiantado que aponta para a história do José em pessoa, ou melhor, para o enteado dele – o próprio Deus e dono de todas as minas, que nasceu e viveu na pobreza desta terra a fim de nos resgatar de um buraco sem fim.    

 
Marcos Schmidt
pastor luterano   

domingo, 3 de outubro de 2010

Luteranos lançam campanha Natal de Amor

A Igreja Luterana de Ribeirão Preto lançou no dia 3 de outubro, durante o seu culto regular, uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis.
Denominada Natal de Amor, a ação social tem como objetivo arrecadar alimentos a serem doados em dezembro para uma (ou mais) instituição social de Ribeirão Preto.
Será um "presente" de Natal dos luteranos para pessoas que precisam de ajuda.
Os donativos podem ser entregue nos cultos, em local indicado do templo.  Também podem ser entregues durante a semana, sob agendamento de horário.  Em caso de doações maiores, também existe a possibilidade de haver retirada no local.
A Campanha será realizada no meses de outubro e novembro. (É preciso verificar o prazo de validade do produto, já que a doação ocorrerá somente em dezembro.)

Informações podem ser obtidas pelo telefone 3639 2407 ou pelo e-mail igrejaluteranarp@gmail.com

Igreja Luterana prepara Dia da Criança Feliz

Mais uma edição do Dia da Criança Feliz acontecerá na sede da Igreja Luterana de Ribeirão Preto. 
O evento, aberto para o público em geral - crianças e adultos - acontecerá no dia 17 de outubro, domingo, a partir das 15h30min. 
Além de histórias bíblicas, o Dia terá muitas músicas e brincadeiras. 
No final, em torno das 17h, haverá um lanche com cachorro-quente, refrigerante e picolé. 
Os "vencedores" de diversas brincadeiras receberão "brindes".  A entrada é franca.
Nota: Neste dia não será realizado, na parte da manhã, o culto regular da Igreja.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Reflexão: Bendito voto


Muita gente não tem liberdade para escolher esposa, marido, profissão, lazer, amigos, religião, governo... Independentemente do fracasso no casamento, no trabalho, nas relações, na fé, na política, se existe a chance para julgar, opinar, expressar, fazer o que se quer e para onde se quer, então, viva o sucesso e viva o fracasso das escolhas de cada um. Que morra o autoritarismo para isto ou aquilo, porque a liberdade é o primordial e supremo desejo do ser humano, e quando lhe é negada, perde-se o sentido da vida.

Contudo, a liberdade tem preço. Ela vale o custo que carrega, mas impõe esforço. E por uma simples razão: ela termina onde começa a do próximo. O meu caminho acaba onde aparece uma rua preferencial – os direitos do outro. “Porque nenhum de nós vive para si mesmo” (Romanos 14.7). É perverso o pensamento pós-moderno, hedonista, que busca o intenso prazer pessoal sem valer-se das consequências. É antidemocrático. O “faça o que estiver no coração” é ditadura do egoísmo. É a tirania do incômodo barulho do vizinho, do lixo jogado na rua, da imprudência no trânsito, da desonestidade na política, da infidelidade dos cônjuges, das falcatruas nos negócios... É a prisão numa mina chilena.

A liberdade está nos genes humano. Está no coração de Deus. Uma autonomia humana até para o bem e para o mal (Gênesis 2.17). A escolha foi errada e deu no que deu, mas foi o primeiro voto da humanidade. Se não fosse a outra e única chance, a morte estaria eternamente ungida. Por isto a santa propaganda eleitoral: “Cristo nos libertou para que sejamos realmente livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente” (Gálatas 5.1).
 
A respiração da democracia, que oferece “direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” (5º artigo da Constituição), nas virtudes e nos defeitos, lembra os desafios de cada um nas pequenas e grandes decisões do dia-a-dia. E se o governo político existe com a permissão divina (Romanos 13.1), então o voto é uma bênção que merece raciocínio e discernimento. Bendito voto!

 
Marcos Schmidt
pastor luterano  

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Reflexão: A festa da democracia



         Na reta final nesta semana de eleições, muitos devem estar se perguntando: quem fará nosso país melhor? É a festa da democracia! Pode parecer estranho, mas a dona da festa será responsável: A Democracia (do grego: demos – povo; kratos – autoridade), coloca cada um dos eleitores como co-responsáveis. É o mesmo que dizer que cada cidadão é um político, mas por uma questão de ordem, cede seus “poderes” para um procurador comum.
         Assim, a festa da democracia faz uso da política, que não acontece apenas a cada 2 ou 4 anos. Ela rege nossas vidas diariamente (política, do grego: politeia – cidadania, relativo a polis, cidade), pois onde há necessidade de se tomar qualquer tipo de decisão, ali ela acontece. Isso faz de cada pessoa um político, na convivência em família – relação marido esposa, pais e filhos; no relacionamento com os vizinhos; na relação patrão e empregado; na escola, na rua, no shopping, na igreja. Direitos e deveres bem claros denotam bons políticos, denotam bons representantes, denotam paz social.
         Mas se partimos do senso comum de que todo político é corrupto ou ladrão, isso aponta para uma inversão de valores, afinal de nós decorre o direito de estarem lá, não como manipuladores do sistema, mas servidores. Engatinhamos neste quesito, pois nos faltam compreensão e objetivos. No papel de cidadão que recebeu autoridade, ofício ou delegação de poder, os interesses devem sempre estar voltados às necessidades daqueles que o colocaram como representantes, nunca pessoal, o dever é zelar para o bem comum. Por este motivo, deveríamos levar muito mais a sério este processo, jamais deveríamos ser coagidos, forçados, roubados deste direito. Jesus responsável pelo maior ofício fez uso correto de seus atributos como representante e substituto: “Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente” (Marcos 10.45).
Ter ou votar e eleger quem julgamos melhor nos representar, não nos isenta de nossas responsabilidades como cidadãos, bons exemplos continuam norteando a base da sociedade, daqueles que estão sob o mesmo teto! Ali se formam as bases sólidas para um país melhor! Ali na prática se ensina valores de direito e deveres, se vive a ética, a fé, o amor, o perdão e se luta contra todo tipo de maus desejos que brotam no coração e destroem toda uma sociedade. Ali se respeita a autoridade que deve trabalhar em comum acordo, ama-se os idosos, educa-se e ampara-se os filhos, todos deveriam se dar as mãos (primeiro para orar!).
A festa da democracia é coisa séria, participe, viva e a acompanhe sempre!

* *Márlon Hüther Antunes, Teólogo e Pastor da Igreja Luterana em Maceió

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Lutero em áudio: Oração da Manhã e Oração da Noite

Após os áudios das 6 Partes Principais da Doutrina Cristã, dois exemplos de orações que você pode fazer ao levantar e ao deitar.  Sugeridas pelo mentor da Reforma Protestante, Martinho Lutero.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Reflexão: sobre pastores e lobos

No culto do dia 19 de setembro, a Igreja Luterana refletiu sobre a voz de Jesus, o Bom Pastor.  O texto abaixo leva à reflexão sobre a diferença entre pastores e lobos (ou bons e maus pastores).
Jesus adverte: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mateus 7:15)

Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.
No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.
Pastores buscam o bem das ovelhas, lobos buscam os bens das ovelhas.
Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.
Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
Pastores choram pelas suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorar.
Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.
Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.
Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.
Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças.
Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.
Pastores têm senso de humor, lobos se levam a sério.
Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.
Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.
Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.
Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.
Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.
Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.
Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público.
Pastores vivem para suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.
Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos caricatos.
Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.
Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.
Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.
Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.
Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e para a instituição.
Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.
Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.
Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e templos.
Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.
Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.
Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e pregam a lei.
Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto.
Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais.
Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.
Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
Pastores confessam seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.
Pastores pregam o Evangelho, lobos fazem propaganda do Evangelho.
Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.
Pastores tem dons e talentos, lobos tem cargos e títulos.
Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.
Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.
Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.
Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.
Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Doutrina em áudio: # 05 - O Ofício das Chaves

Continuando a série de áudios sobre o que Igreja Luterana crê e ensina. O Ofício das Chaves trata da confissão e absolvição dos pecados. O autor do áudio é o pastor Roberto Schultz, baseado em explicação de Martinho Lutero no Catecismo Menor.

Templo recebe novas portas


 
O templo da Igreja Luterana recebeu nesta semanas as suas novas (e definitivas) portas. Elas são de vidro temperado (10mm). 

A colocação das portas faz parte do Projeto Meu Templo, iniciado em janeiro de 2010, com o objetivo de alavancar a conclusão do templo até 2011.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Doutrina em áudio # 02: O Credo Apostólico

Nota: O Credo Apostólico. e sua breve explicação de acordo com Martinho Lutero em seu Catecismo Menor. O autor do áudio é o pastor Roberto Schultz -



Aguarde outros áudios com doutrina cristã. Compartilhe esta páginas com seus amigos e convide-os a conhecerem a Igreja Luterana e o que ensina.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Doutrina em áudio # 01: Os 10 Mandamentos

Nota: Os 10 Mandamentos e sua breve explicação de acordo com Martinho Lutero em seu Catecismo Menor. O autor do áudio é o pastor Roberto Schultz -




Aguarde outros áudios com doutrina cristã.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Igreja Luterana de RP recebe novos membros

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> A Congregação Cristo Para Todos, de Ribeirão Preto, SP,  filiada à Igreja Evangélica Luterana do Brasil, recebeu quatro novos membros no dia 17 de agosto, durante o culto regular. 
A família Vieira (Anésio, Elisabete, Daniele e Eliane – na ordem da foto) residem em Américo Brasiliense (cerca de 100kms de Ribeirão) e tem participado regularmente dos trabalhos.
Na foto, o momento da oficialização da membrezia.

> Já no culto do dia 5 de setembro aconteceu o batizado do menino Miguel Trovo Ramella, filho dos membros Marcio e Priscila.  Diversos visitantes ligado ao Miguel estiveram presentes no Batismo.
A família Ramella procede de Paraná e está residindo em Ribeirão desde o princípio do ano.

DSC05068   Nas fotos, dois momentos do batizado.  

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mensagem: GPS no céu

Uma pesquisa na Inglaterra confirma o que já sei por mim: os homens dirigem cerca de 440 km a mais por ano que as mulheres porque não pedem informações. A pesquisa foi realizada com mil motoristas, e mostrou que 74% das mulheres param a fim de pedir informações, enquanto que 37% dos homens não. Preciso admitir que sou um desses que não se dobra quando está perdido. A minha mulher fica braba comigo. Só depois de alguns litros de combustível em vão é que obedeço aos insistentes pedidos dela.
Por que a gente é assim, tão teimoso? Acho que é por isso que tem mais mulher na igreja do que homem. Igreja é lugar onde a gente estaciona e pede ajuda. Para fazer isto,  é preciso reconhecer que se meteu em lugar desconhecido, e sozinho não vai encontrar o caminho certo. Este foi o problema do rei Davi. Só depois de gastar todo o tanque, confessou: “Ó Senhor, eu já não sou orgulhoso (...) Não vou mais atrás de coisas grandes e extraordinárias, que estão fora do meu alcance” (Salmo 131).  A triste história deste motorista na Bíblia nos serve de lição (2 Samuel 11 e 12). Por isso também as suas palavras no Salmo 32 (8,9): “O Senhor Deus me disse: Eu lhe ensinarei o caminho por onde você deve ir; eu vou guiá-lo e orientá-lo. Não seja uma pessoa sem juízo como o cavalo ou a mula, que precisam ser guiados com cabresto e rédeas para que obedeçam”.
Jesus insistiu muito com os arrogantes fariseus para que estacionassem o carro e pedissem orientação. A palavra “fariseu” vem do hebraico e significa “santo”, alguém separado dos outros. Eles se achavam os tais. Um dia Jesus lhes disse: “Ai de vocês, mestres da Lei! Pois guardam a chave que abre a porta da casa da Sabedoria. E nem vocês mesmos entram, nem deixam os outros entrarem” (Lucas 11.52). Hoje Jesus diria: Vocês têm a chave do carro, mas nem vocês nem os caroneiros chegam ao destino certo.
Tomé era homem e cabeça-dura, mesmo assim humilhou-se e perguntou: Como podemos saber o caminho? Jesus respondeu prontamente: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim” (João 14.6). E ele atendeu a sugestão!
Marcos Schmidt
pastor luterano  

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Luteranos de RP têm encontro

 RP logo menor 01A Igreja Luterana de Ribeirão Preto terá encontro de comunhão e confraternização no próximo domingo, a partir das 9h30min.

Como acontece nos meses em que há quinto domingo, e em oportunidades especiais, o encontro tem o objetivo de integrar ainda mais os membros, especialmente os recém chegados. 

Com um momento de louvor e reflexão, o encontro também oferece a oportunidade de uma refeição em conjunto.  A confraternização será na residência de um dos membros.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mensagem: o socorro vem de cima

Os mineiros soterrados numa mina no Chile serão resgatados no Natal. Eles não podem fazer nada, a não ser confiar no plano de ajuda das pessoas de fora, e aguardar. Neste tempo de espera, há um meio de contato entre o céu e o fundo da terra – um cano por onde enviam água, alimento, oxigênio, remédios, e mensagens de esperança. É a salvação que vem de cima. Enquanto isto, os mineiros têm um enorme desafio nesse advento. Precisam alimentar a esperança, conservar o ritmo de sono e manter o grupo unido. A boa notícia é que, juntos, as chances são maiores. Se um fraquejar, os outros ajudam. A pessoa sozinha acaba ficando desesperada.

Qualquer semelhança com outra história é pura coincidência. Ou não? Em vários detalhes, o resgate desses homens lembra o maior de todos. A própria euforia da descoberta que estão vivos,  estampada no rosto dos parentes, na comemoração do país inteiro, lembra a alegria nos céus. Nesta hora vem à memória as parábolas dos “perdidos” em Lucas 15 – da ovelha, da moeda e do filho – onde o evangelista destaca as palavras de Jesus sobre a reação da mulher ao encontrar a moeda: “Pois eu digo a vocês que assim também os anjos de Deus se alegrarão”.

Mas fico imaginando a situação desses mineiros, enterrados vivos a 700 metros, num minúsculo ambiente úmido, quente e sem luz. Eles ainda não foram notificados sobre os quatro meses que terão de aguardar. Por isto, além das condições físicas, o equilíbrio psicológico é fundamental. Um controle que dependerá da esperança em sair do buraco. Eles precisam olhar para cima. E conversar, cantar, animar-se mutuamente. Li numa reportagem a respeito, que em situações extremas desse tipo, os desentendimentos e confusão são comuns. É necessário manter o grupo unido e coeso num só objetivo: esperar o resgate de cima.

Um dos mineiros soterrados é Franklin Lobos, que foi jogador pela seleção chilena de futebol. A filha dele preparou uma longa carta, afirmando que o pai terá todo o tempo do mundo para lê-la. É outro detalhe parecido quando o salmista escreve: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos” (119.105). Em todo o caso, quando os mineiros forem resgatados, então será Natal e eles terão dois grandes motivos para festejar.
 
 
Marcos Schmidt
pastor luterano