Alguém já ouviu falar do país com o
tamanho de uma quadra de vôlei? É o Principado de Sealand, uma plataforma
marítima construída na costa britânica para servir de forte contra o nazismo. Em
1967, o militar inglês Roy Bates se apoderou da edificação e proclamou
independência do Reino Unido. A menor nação do mundo tem constituição, hino,
bandeira e moeda. Nesta semana, o “príncipe” e seu filho estiveram em Porto
Alegre e aproveitaram para vender títulos de nobreza e cidadania. Ninguém
comprou. Sem
reconhecimento internacional, Sealand permanece nos mapas ingleses como um
"forte de guerra declarado Estado independente por seus proprietários".
Não pude deixar
de pensar em nossos autoproclamados reinos ao ler esta notícia. Afinal, todas as
nossas conquistas, grandes ou pequenas, são plataformas usurpadas, apossadas, no
momento quando declaramos independência. Podemos até dizer “isto é meu”, mas é
uma grande mentira. “A terra é de
Deus”, diz a Bíblia. “Portanto, ela não será para sempre daquele que a comprar.
Deus é o dono dela, e para ele nós somos estrangeiros que moram por um pouco de
tempo na terra dele” (Levítico 25.23). Esta é a verdade
sobre tudo o que possuímos. E sabemos disto. Mas não basta saber, é preciso
também viver isto a fim de não sermos tão ridículos iguais ao príncipe de
Sealand. Qualquer dia a plataforma vai afundar ou alguém vai acabar com a
brincadeirinha, e daí, o que sobrará? “Nasci nu e nu morrerei”, disse Jó ao
perder toda a riqueza.
Creio que se o
militar tivesse solicitado, a rainha Elizabeth teria dado de presente este monte
de ferro e cimento fincado no oceano. É o que Deus espera de nós, que digamos a
ele: - Senhor, peço permissão para usar a vida, o corpo, o tempo, os dons, os
bens materiais. E ele dará, conforme a boa vontade dele. Foi Paulo quem afirmou:
“Se ele nos deu o Filho, será que não nos dará também todas as coisas?” (Romanos
8.32). Portanto, longe de nós estes tipos de reinado. Eles afundam.
Marcos
Schmidt
pastor
luterano
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