sábado, 9 de agosto de 2014

O Pai, o Filho e o Tigre



Uma das notícias muito veiculadas nos últimos dias foi o episódio ocorrido no zoológico de Cascavel, onde um tigre atacou um menino, tendo seu braço amputado posteriormente.

Sobre esse episódio queremos conversar, especialmente pensando sobre ele nesse dia dos pais. 
Vamos enumerar os elementos: O zoológico, o tigre, a grade de proteção, o filho e o pai.

O que ocorreu foi que o pai permitiu que o filho ultrapassasse a grade de proteção e fosse acariciar o tigre e foi atacado pelo animal.

Foi interessante a reação das pessoas diante do fato. Alguns criticaram o zoo pela falta de segurança; outros, a insensatez do pai e outros, do próprio filho; alguns até sugeriram que o animal deveria ser sacrificado.

O zoológico se justificou, dizendo que havia a grade de proteção, inclusive com o aviso: “não ultrapasse: perigo”.

O pai deu uma primeira justificativa, dizendo que o filho gosta muito de animais e por isso ele permitiu. Além disso, não imaginava que isso poderia acontecer, que não havia perigo.

A pergunta que se impõe é: Qual é o pai que expõe seu filho ao perigo, em sã consciência?

Ou: Qual é o pai que não veria o perigo nessa situação?

As pessoas sensatas entenderiam que a grade de proteção e os avisos são suficientes para manter as pessoas afastadas do perigo. Qualquer pessoa sensata entende que ultrapassar esse limite é assumir um risco com conseqüências imprevisíveis.

Esse menino carregará por toda a vida as marcas de uma insensatez, dele e do pai.


Agora, vamos mudar os personagens. O cenário pode ser invisível, mas é real. O pai é Deus, o filho somos nós, o tigre representa o mal e o zoológico, nosso viver neste mundo. Faltou a grade de proteção com os avisos. Esses são a Palavra de Deus e os seus mandamentos.

Ao nos permitir viver neste mundo, Deus se preocupou em nos proteger e guardar. Ele colocou avisos, sabendo que há áreas onde corremos riscos fatais. É por isso que ele diz: “Não faça isso, não faça aquilo”. Há muitas pessoas que não gostam desses avisos, julgando que esses avisos restringem sua liberdade, não deixam que eles possam “curtir” a vida. Alguns até pensam: “eu sou muito inteligente, sei me cuidar. Esses avisos são para os outros”. Então ultrapassam os limites estabelecidos por Deus.

Deus, diferentemente do pai dessa situação, nos avisa para não ultrapassarmos os limites. Se o fizermos, ele se entristece, pois sabe dos riscos. Mesmo assim, o fazemos. Com isso mostramos ao pai que achamos que podemos tomar conta da nossa vida sozinhos. E muitas vezes, ao exemplo daquele menino, sofremos conseqüências terríveis.

Aquele menino sofreu muita dor. Até podemos imaginar ter nosso braço dilacerado. Mas a dor maior ainda deve estar martelando, não em seu braço, mas em sua mente. O arrependimento de ter ultrapassado os limites, apesar dos avisos.

Você provavelmente conheça, não uma, mas várias pessoas que carregam conseqüências geradas pela atitude de ultrapassar os limites estabelecidos por Deus. Podemos citar: gravidez indesejada, DSTs, outras doenças, ferimentos por acidentes, morte de amigos, etc. Assim como aquele menino, muitas pessoas choram amargamente por não terem ouvido e obedecido aos avisos. É uma dor, não só no corpo, mas na alma.

O pai do menino, correu para socorrer o filho, mas já era tarde. O estrago estava feito. Ele também chorou. E o fez por não ter impedido o filho de ultrapassar os limites de segurança e por saber ser impotente de consertar os estragos.

O nosso Pai celestial também “chora” quando ultrapassamos os limites. Ele sabe que sofreremos muito por não o ouvirmos. E Deus não gosta que seus filhos sofram. A grande diferença é que esse Pai pode nos socorrer. Ele é poderoso para fazer muito mais do que pensamos ou imaginamos. Mesmo que permita que carreguemos as conseqüências da nossa desobediência, ele sara nossas feridas espirituais.

É interessante pensarmos que, quanto mais o filho se aproxima do tigre, mais se afasta do pai. Quanto mais nos aproximamos do pecado, mais nos distanciamos de Deus. O lugar mais seguro é sempre perto do Pai.

Queridos pais: o que você está fazendo quando seu filho quer ultrapassar os limites estabelecidos? Infelizmente muitos pais estão tomando a mesma atitude insensata daquele pai do zoológico. Alguns dizem: Não quero tirar a alegria deles; Eles sabem o que estão fazendo!; Eles gostam, então deixa que façam; Não quero ser muito autoritário, tenho receio que meus filhos não vão gostar disso; eles são novos ainda, depois ele podem decidir o que fazer, precisam aproveitar a sua juventude. Etc....

Pergunto: se aquele pai soubesse do que aconteceria, ele teria deixado seu filho ultrapassar os limites de segurança? É claro que não! Ele teria gritado, corrido, segurado, teria brigado com seu filho. Não importa se o filho ficasse chateado. Ele sabia que estaria agindo para o bem de seu filho.

Queridos filhos: Como vocês estão ouvindo os avisos de seus pais, tanto os carnais como o Pai espiritual? Lembre-se que os limites que os pais colocam aos seus filhos são atos de amor, porque visam sempre o seu bem.

Pai: você está sendo sensato, colocando os limites certos aos seus filhos?

Filhos: Vocês estão sendo sensatos, dando ouvidos aos avisos de Deus e seus pais?

Para concluir gostaria que você lesse Efésios 6.1-4

Deus os abençoe e “FELIZ DIA DOS PAIS”

Rev. Albino Ariberto Nerling' via Pastores da IELB

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