quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Fulano da Melancia, Beltrano do Corcel

Não vi muitos programas da Propaganda Eleitoral Gratuita. Mas nos que consegui ver, notei que continuam aparecendo algumas figuras inusitadas. Não são figuras públicas conhecidas, não são pessoas com experiência em vida pública, não são pessoas capacitadas a administrar uma sociedade em ebulição. Nada contra estas pessoas. Mas elas acabam demonstrando o jeito brasileiro de fazer política. Política acaba sendo não uma função de servir e representar, mas é vista como uma fonte de lucro e renda extra. Aí surgem figuras pitorescas como “Fulano da Melancia”, “Beltrano do Corcel” ou até mesmo o famoso slogan “Não sei o que faz um Deputado Federal, mas vote em mim que eu te conto”.
            O resultado desta visão está por aí, bem diante de nossos olhos. Por exemplo: Ministros do Supremo Tribunal Federal reajustando seus próprios salários em 22%, muito acima do reajuste do Salário Mínimo, que gira em torno de 8,5%. Seguindo a lógica, seria justo um plebiscito popular para o reajuste anual do mesmo. Que tal?
            Política não é coisa ruim. A política é boa e precisamos dela para viver. Deus se manifesta sobre ela: “Quando os honestos governam, o povo se alegra; mas, quando os maus dominam, o povo reclama. Quando o governo é justo, o país tem segurança; mas, quando o governo cobra impostos demais, a nação acaba na desgraça” (Provérbios 29. 2;4). A política em si é boa. É instrumento de Deus para nos dar segurança, educação, saúde, cidadania e paz. Se a política leva a fama de suja, é porque o ser humano a sujou com seus interesses corruptos.
            Então fica a dica: política não é fonte de renda extra, mas uma função de servir e representar. Não é emprego, mas é colocar-se à disposição de Deus para dar cidadania a todo o povo. Vale a pena lembrar: “Um país sem a orientação de Deus é um país sem ordem. Quem guarda a lei de Deus é feliz” (Provérbios 29.18).
Pastor Bruno A. Krüger Serves

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