Dizem que o Brasil nunca esteve tão dividido. As controversas pesquisas de voto demonstram que os dois candidatos à presidência estão empatados na disputa, uma diferença também acirrada nos debates da campanha e nas conversas com quem nos relacionamos.
E não é por nada, 40% rejeita a Dilma e 40% rejeita o Aécio. O que vai acontecer nesse Domingo só Deus sabe. Mas o que vai acontecer depois das urnas serem abertas, que Deus nos livre do pior. Existe medo. O radicalismo de ambos os lados pode gerar confusão e prejuízos à ordem social.
Diante disto, nesta hora quando as emoções estão afloradas, o bom senso e o espírito pacífico precisam ter a primazia. Quanto a nós, líderes de igreja, todo o cuidado é pouco no uso de nossas funções religiosas. A mistura de religião e política nunca deu certo, ela divide a própria igreja e inverte e confunde os papeis. Isto não quer dizer que um religioso não deva pregar contra as injustiças de um governo, sua corrupção, suas leis que restringem a liberdade religiosa e destroem a moralidade familiar e social.
A Bíblia recomenda que devemos respeitar as autoridades (Romanos 13), mas também diz que, antes de obedecer aos homens devemos obedecer a Deus (Atos 5.29). Ao contrário dos profetas e apóstolos que denunciaram as incoerências de reis e autoridades - e por isto foram perseguidos - calar-se na triste situação de hoje tem nome: omissão.
Diante disso, o voto de todos nós não terá nenhum efeito se depois nos acomodarmos diante das incoerências do governo eleito. Como, então, ser mais atuante na política? Isto depende dos dons e oportunidades, mas cada um pode tornar o Brasil melhor através da própria honestidade, solidariedade, lealdade, trabalho, amor, bom senso, paciência, enfim, de tantas coisas que estão perdendo o voto e deixando ser eleito tudo o que é ruim e perverso. Que Deus tenha misericórdia de nós e transforme o Brasil num lugar melhor para ser viver.
Marcos Schmidt
pastor luterano
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