domingo, 14 de março de 2010

Reflexão: Uma religião sem Jesus?

Nota: A tendência do "louvorzão" em igrejas evangélicas tem ofuscado a essência do Cristianismo: Jesus.  O texto abaixo (com o título original O religiosismo do pr. Daniel) reflete sobre esse estado de coisas - e revela que a Igreja Luterana continua fiel à tradição cristã, pois, em seus cultos, Jesus está em primeiro lugar, é o centro.  O autor do texto é Isaltino Gomes Coelho Filho.


"O colega Pr. Daniel Teixeira de Azevedo é o autor do neologismo "religiosismo" (desculpem-me a aliteração, mas não consegui fugir-lhe). Ele usa o termo para designar a atividade religiosidade que se desvia do foco da verdadeira fé, que é a reconciliação com um Deus santo. Eu criara "adoracionismo" e "louvorismo" para designar o frenesi em nossas igrejas com o período do culto que, sem adornar, chamávamos de "cantar corinho", no passado. O "louvorismo" passou a ser o momento mais importante do culto, um shiboleth, em que todas as igrejas fazem as mesmas coisas: um período em pé, ouvindo uma oração e um sermão antes de cada cântico. Os grupos de louvor são clones uns dos outros.
Precisamos considerar esta questão com seriedade. Não é implicância ou rabugice, mas essência. Chacrinha disse que 'na televisão nada se cria, tudo se copia". Dá-se o mesmo na teologia. Muita gente acha que está inovando, criando um movimento novo, quando apenas está pondo uma roupa nova em um movimento antigo. O velho montanismo do segundo século, quando Montano, Prisca e Maximiliana alegaram ter revelações diretas do Espírito Santo e profetizaram com línguas extáticas, está aí, de volta. Uma de suas características era tirar o foco de autoridade da igreja e colocar em pessoas que eram receptáculos especiais de Deus, com suas profecias. Como no montanismo do passado, o atual montanismo neopentecostal vê um lugar especial para as revelações de sua legião de homens e mulheres especiais, que lutam entre si por espaço e ministérios, colocando-as em pé de igualdade com a Revelação.
O perigo da igreja nascente de um evangelho desfocado é nosso, hoje.Vemos um novo evangelho, que ocupa as pessoas, dá-lhes um ar de religiosas, mas que enfoca apenas o bem-estar pessoal e a aquisição de bênçãos. Surpreendem-me debates como 'O que a igreja deve fazer para atrair os jovens" ou 'O que a igreja deve fazer para atrair a terceira idade", e que igrejas façam pesquisas junto ao mundo para saber o que o mundo deseja, para lhes oferecer o produto certo.
Tenho sérias dúvidas se a finalidade da igreja é atrair pessoas e depois entretê-las dando-lhes o que elas querem. E se para isso deve elaborar estratégias que muitas vezes comprometem sua essência. Não consigo ver o Salvador pensando em como alcançar os fariseus, procurando saber o que eles gostariam de ouvir. Ou planejando como sair de uma comunidade de pescadores para uma de figurões. Ou como conseguir mais adeptos e simpatizantes, ao invés de discípulos. Sua toada foi a mesma: o anúncio da salvação. Reconheço haver estratégias diferentes para diferentes culturas. O evangelho pregado por Paulo no Areópago foi o mesmo que ele pregou nas sinagogas, mas a abordagem foi diferente. Mas a essência nunca foi alterada. O conteúdo do evangelho não pode ser mudado.
Temos religiosismo, mas não me parece que temos um evangelho conforme o do Novo Testamento. Muitas pregações que ouvi soam mais a Lair Ribeiro que a Jesus. E o louvorismo vem na esteira do religiosismo. Tenho participado de cultos com uma hora de louvor em alto volume. Depois me dão a palavra para pregar. Falta bom senso aos dirigentes destes cultos! Dão-me um auditório cansado de tanto pular e gritar. Os que não estão cansados estão num nível de excitação tão grande que não acompanham raciocínio algum. Prego para um auditório com a metade das pessoas exaustas e a outra metade que sequer consegue pensar. O jeito seria continuar gritando, mas eu não grito. E mais barulho levaria à histeria. A falta de bom senso no uso da música faz supor que seus líderes não passaram por um seminário ou, se passaram, o seminário nada lhes ensinou. A pobreza litúrgica dos cultos é deplorável. Realizei uma série de pregações evangelísticas e, ao findar o sermão, tínhamos novamente mais três cânticos esfuziantes, em alto volume, e depois o apelo. Os cânticos vinham em sentido oposto ao da mensagem e quebravam seu efeito. Não temos corinhos com letra evangelística e com música que leve à reflexão sobre salvação. Ouvir um sermão evangelístico e depois ficar mais trinta minutos em pé, ouvindo mais sermões do 'grupo de louvor", pulando e gesticulando são situações conflitantes. Mas é emblemático: as igrejas não querem pensar. Querem agito. Reflexão, não; ativismo, sim. É o religiosismo do Pr. Daniel. Religião sem reflexão, sem quebrantamento, sem conversão. É o louvorismo deste rabiscador.
O carro chefe de um culto não pode ser o louvor. Nem a pregação. Nem a desajeitada coreografia, que faz o deleite dos pais das coreógrafas, mas nada acrescentam ao culto. Se suprimida, diferença alguma faria. O carro chefe de um culto cristão deve ser Jesus Cristo. Culto em que Cristo não foi pregado, sua pessoa não foi exaltada, sua cruz não brilhou, sua salvação não foi apregoada, falhou. O religiosismo tem nos brindado com situações atípicas. Por duas vezes ouvi sermões de quase 50 minutos, em que o nome de Jesus não foi uma vez sequer mencionado. Pior, seu ensino sequer foi tangenciado. Poderia ter sido pregado numa sinagoga, num centro espírita ou numa reunião de qualquer associação moral. Foi moralismo e autoajuda. O religiosismo não fala de Jesus, mas de esforços religiosos. Não promove uma reflexão sobre a pessoa e a obra de Jesus, mas procurar manter as pessoas ocupadas e animadas com alguma atividade religiosa. É um desfocar da verdade cristã. Como muito do louvorismo, que se preocupa em manter as pessoas eufóricas, satisfeitas, em uma autêntica catarse, e chama tudo isso de adoração, mas pode ser questionado."
Religiosismo, não. Cristianismo, sim. Louvorismo, que produz mera agitação, não. Louvor a Deus que produz quebrantamento, consagração e conversão, sim.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Templos recebe melhorias na parte elétrica

O templo da Igreja Luterana de Ribeirão Preto ainda tem instalação elétrica provisória.  Mas isso está começando a mudar: nesta semana, várias melhorias foram feitas (pelo membros Nelson e Jair). Destaca-se a colocação de tomadas e mais luminárias.

Esta etapa da parte elétrica também faz parte do Projeto Meu Templo, que vem sendo desenvolvido pela Congregação Cristo Para Todos desde janeiro, e que prevê uma série de melhorias nas partes interna e externa do templo (veja posts mais antigos e o álbum de fotos).

O Projeto tem a duração do primeiro semestre de 2010, quando deverá ser substituído por outro.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mensagem: A parábola Avatar

Fui com a família assistir o filme Avatar. Junto com a pipoca, refrigerante, estacionamento,  deu uns 70 reais. Meio salgado para a maioria. Mas de vez em quando a gente precisa sair da rotina e sentar na poltrona do cinema. Ainda mais quando trata-se de uma super produção que ganhou três Oscars em categorias técnicas - efeitos visuais, fotografia e direção de arte. Foi a primeira vez que coloquei os óculos futurísticos para ver um filme 3D – efeito três dimensões. A ficção científica resume-se numa guerra entre colonizadores humanos e nativos humanoides pelas riquezas naturais num planeta distante. É o ano 2154 no meio de uma crise energética na Terra. A solução é um mineral no planeta Pandora colonizado pelo ser humano. Mas o minério está no território sagrado dos nativos, e como a atmosfera de Pandora é tóxica para os terráqueos, o jeito foi inventar o avatar – uma criação hibrida que mistura ser humano e nativo do planeta. O avatar tinha a missão de espionar e facilitar a expulsão dos nativos. Mas tudo deu errado quando o ser humano Jake, que virou um avatar, “vira a casaca”, e lidera a revolta dos nativos. No final, Jake transforma-se em herói, salvando Pandora dos gananciosos e cruéis seres humanos.

O filme foi acusado nos Estados Unidos de ser propaganda contra o seu governo, onde os vilões são o general, o exército americano e as companhias exploradoras de minério do subsolo. Os heróis são os nativos, o "povo da floresta", que enfrentam o invasor americano. O recado parece ser este mesmo, sobretudo por aquilo que acontece no Iraque. Na verdade, em qualquer filme, novela, livro, sempre existe uma mente que tenta passar alguma mensagem. E dependendo de quem está no outro lado, a mensagem é interpretada de uma forma bem diferente. No meu caso, filtrei o filme na minha concepção teológica. Bem coisa de pastor. E assim criei no meu imaginário um avatar – Jesus Cristo.

Em Filipenses (2.6,7) está escrito: “Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou  a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos”. Acho que foi o diretor James Cameron que se inspirou em Jesus para escrever e dirigir Avatar. Com algumas diferenças, é claro. Mas as semelhanças são interessantes. Jesus deixa o seu reino, torna-se um “híbrido” Deus-homem, vence e expulsa os inimigos – o general Satanás, o exército da morte com suas armas nocivas, e as companhias exploradoras do subsolo da natureza humana. Se para alguns é pura ficção, mito, isto tem explicação:  este também é um filme com efeito tridimensional. Sem os óculos da fé apenas se enxerga as imagens da dimensão material. Por isto Jesus disse: “Mas vocês, como são felizes! Pois os seus olhos vêem” (Mateus 13.16).

Valeu a pena assistir Avatar. Na saída devolvemos os óculos especiais e voltamos a enxergar as batalhas da dimensão terrena – os perigos do trânsito, a violência, o desrespeito, a ganância... Fiquei pensando: - Ah, como seria diferente se todos tivessem os óculos para enxergar a dimensão do amor de Deus. Mas está já é outra batalha...


Marcos Schmidt
pastor luterano

sexta-feira, 5 de março de 2010

Álbum atualizado

Visite o nosso álbum de fotografia.  A pasta com fotos das obras do templo de janeiro a março recebeu várias imagens com o templo já pintado na parte externa.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Pintura do templo tem início


A pintura do templo da Igreja Luterana de Ribeirão Preto foi iniciada segunda, 1 de março. Nesta etapa, estão sendo pintadas as partes interna e externa (beiral e parede)

A pintura faz parte do Projeto Meu Templo, que prevê uma série de melhorias na parte funcional e estética do templo. Boa parte delas já foram realizadas (veja posts mais antigos).

Outras deverão acontecer nas próximas semanas (como a troca de portas e instalação elétrica).

O Projeto tem validade para o primeiro semestre de 2010.

A Congregação Cristo Para Todos foi surpreendida agradavelmente com o envolvimento de pessoas de fora da sua membrezia.  Essas ofertas estão tornando possível realizar uma série de pequenas obras que vão além do inicialmente projetado para esta etapa do Projeto Meu Templo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mensagem: Sonho de ficar rico



Um matemático disse o seguinte sobre a Mega Sena: “Pegue uma moeda e escolha cara ou coroa. Depois, jogue-a para o alto 25 vezes. A chance de ela cair as 25 vezes do mesmo lado é semelhante à de acertar neste jogo de loteria”. Cálculos precisos afirmam que a probabilidade de alguém acerta a Mega Sena é de um em 50 milhões. É mais fácil, portanto, encontrar uma panela com moedas de ouro cavando buracos nos fundos de casa. Evidentemente que sempre tem o cara de sorte, aquele um que ganha, e que desta vez foi em Novo Hamburgo, RS. Só que o “bolão deu bolo”, deu azar.
Não acredito em sorte nem em azar. E penso que este caso da aposta vencedora que não foi registrada pela lotérica, pode ajudar na reflexão sobre os efeitos da jogatina na vida de uma pessoa. Porque a frustração destes apostadores que viveram a riqueza por algumas horas – sentimento que deve estragar o humor deles por um bom tempo – serve de alerta para os milhões de apostadores que sonham, sonham e sonham, e nunca chegam lá. Alguém pode dizer que sonhar é preciso. Mas qual é o sentido da vida quando no final, tudo ficou apenas no sonho? Quando a realidade dos detalhes da vida, do dia a dia, foi desprezada e anulada? Pois este é o “azar” dos jogos de azar: eles matam as coisas boas do presente.
Seguidamente me perguntam: o que a igreja pensa sobre isto? Bem, depende da igreja, porque tem “casas de Deus” que são concorrentes com as casas lotéricas. Na verdade, dinheiro é assunto sério na Bíblia, pois foram trinta moedas de prata que levaram o Filho de Deus até à cruz. Por isto a recomendação: “Se temos comida e bebida, fiquemos contentes com isso. Porém, os que querem ficar ricos caem em pecado ao serem tentados, e ficam presos na armadilha de muitos desejos tolos, que fazem mal e levam as pessoas a se afundarem na desgraça e na destruição” (1 Timóteo 6.8,9). Querer ficar rico não é nenhum pecado. O problema é o “como”, o “por que” e o “para que”.
E quando a propaganda do consumismo não nos permite ficar contentes com a comida e a bebida que temos, então não é nenhuma surpresa o crescimento da cobiça, dos roubos, da corrupção, da desonestidade – de tudo isto que vem acontecendo na sociedade, na política, nos negócios. E se a Bíblia diz que “sem dinheiro não se pode ter nem uma coisa nem outra”, por outro lado sugere: “Quem ama o dinheiro nunca ficará satisfeito; quem tem a ambição de ficar rico nunca terá o que quer. Isto também é ilusão” (Eclesiastes 10.19 e 5.10). Foi por isto que Jesus, ao falar das riquezas, recomendou: “Ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas” (Mateus 6.33). Ao menos, esta é uma aposta que está registrada e que todos ganham pela fé (não pela fezinha). É o que promete o texto cristão: “Se ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas?” (Romanos 8.32).

Marcos Schmidt
pastor luterano
fone 81621824
Igreja Evangélica Luterana do Brasil

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Obras de jardinagem são iniciadas

O Projeto Meu Templo da Igreja Luterana de Ribeirão Preto também prevê uma série de ações para prover a área ao redor do templo com grama, folhagens e flores.  A colocação da grama iniciou no sábado, 20, tendo sido plantados 20 metros quadrados de leivas.  (Antes, havia adquirido uma caminhão de terra para melhorar as condições de plantio.)  A jardinagem deverá continuar gradativamente na próximas semanas. 

Calçada é concluída

Mais uma etapa do Projeto Meu Templo foi vencida: foi concluída na sexta-feira, 19, a reforma da calçada que ladeia o templo a residência pastoral da Igreja Luterana de Ribeirão.  Foram restaurados cerca de 30 metros de calçada. 

Além disso, foi feita uma entrada ampliada na parte frontal e uma rampa de acesso na entrada lateral. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Feriado foi dia de mutirão

Dez membros da Igreja Luterana de Ribeirão Preto aproveitaram o feriado de carnaval para um mutirão nas obras do templo.  Entulhos foram ajuntados, selador foi passado, árvores foram plantadas.  Além disso, foi iniciada a pintura na parte interna.  Foi um dia movimentado e frutífero.
A pintura das partes interna e externa será retomada em outra oportunidade.
A prioridade agora é concluir a calçada nos dois lado da esquina.

Veja mais fotos no nosso álbum Mutirão do Projeto Meu Templo http://picasaweb.google.com/igrejaluteranarp