sábado, 12 de abril de 2014
quarta-feira, 2 de abril de 2014
O preço da liberdade
Pesquisa
recente mostra que a maioria dos brasileiros acredita que hoje tem mais
corrupção do que no tempo do regime militar, mesmo assim não deseja a
volta da ditadura. Até porque é mais fácil manter a ordem civil por um
"AI 5" – ato constitucional que deu plenos poderes ditatoriais ao
governo – no lugar do governo democrático. Alguns até pensam que "bom
era naquele tempo" quando não havia tanta corrupção e impunidade.
Lembro, no entanto, que o meu tio, pastor, foi intimado pelos militares
porque reclamou dos buracos nas ruas da sua cidade. Se hoje nossas
reclamações não são atendidas pelos governantes e se há decepção com a
política, é preciso recusar os atalhos e seguir o caminho da ordem
democrática.
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É
claro, política e religião são pratos que não se misturam, e por isto
tanta indigestão. No caso da religião que se fundamenta na liberdade
cristã, tão defendida pelo apóstolo Paulo, ela tem muito a oferecer para
uma nação que busca a ordem civil, as boas relações, a estrutura
familiar, o trabalho, a honestidade, o respeito às autoridades – estas
coisas básicas da vida humana. Foi o mesmo Paulo quem disse depois de
recomendar a ordem política: “Quando as autoridades cumprem os seus
deveres, elas estão a serviço de Deus” (Romanos 13.6).
Marcos Schmidt
pastor luteranomarsch@terra.com.br
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
terça-feira, 1 de abril de 2014
Dia da Mentira e a Verdade Divina

Primeiro de abril é conhecido como “Dia da Mentira.” Às vezes elas são pequenas, aparentemente inofensivas, noutras elas são grandes e parecem destruidoras, a mentira é algo bem presente na vida dos seres humanos. Já dizia o apóstolo Paulo: “Todos mentem e enganam sem parar.” (Rm 3.13)
Dizem que a mentira tem perna curta, porém algumas andam distâncias incríveis. Diz Provérbios 12.19: “A mentira tem vida curta, mas a verdade vive para sempre.”
Ao compararmos a mentira com a verdade eterna de Deus, aí sim podemos dizer que mentira tem vida curta, logo se acaba. Por isso devemos preferir as verdades eternas de Deus. Mas também sabemos que as mentiras voam com o vento e podem destruir a vida de alguém, como também diz Provérbios 25.18: “A pessoa que diz mentiras é tão perigosa quanto uma espada, um porrete ou uma flecha afiada.”
Jesus disse: “Quando o Diabo mente, está apenas fazendo o que é o seu costume, pois é mentiroso e é o pai de todas as mentiras.” (Jo 8.44) O diabo gosta de mentiras e tem bolado mentiras bem fundamentadas e que parecem ser a verdade. Cuidado, ele engana a muitos!
Mas, por sua graça, Deus nos deixou a Palavra da verdade que revela e condena a mentira e o erro. Diante dela, nós também somos condenados por nossas mentiras e nossos pecados.
Porém, ela aponta a uma verdade que salva e perdoa. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim.” (Jo 14.6) “Portanto, abandonem tudo o que é mau, toda mentira, fingimento, inveja e críticas injustas.” (1 Pedro 2:1) Amém.
Pr.Ismael Verdin
Porto Ferreira (SP)
terça-feira, 25 de março de 2014
Além da Calculadora!!!!
Alguém
pagaria R$ 2 milhões e 500 mil por um imóvel que vale 100 mil? O Brasil
- na diferença que as cifras são bilhões - ao adquirir uma refinaria de
petróleo nos Estados Unidos. Incompetência, distração, desonestidade?
Não passa um dia sem alguma notícia de má gestão, prejuízos, fraudes e
desvios na administração pública. O IPE, Instituto de Previdência do
Estado, é outro caso de negócio mal feito que caminha para a falência
com um milhão de assegurados. Mas a Copa do Mundo poderá ser o grandioso
espetáculo de gastança do dinheiro público. Estima-se que o custo para o
Brasil promover este evento da Fifa será em torno de R$ 33 bilhões (85%
dos cofres públicos) quando o valor previsto era de uns R$ 3 bilhões.
Não é por nada que as nossas contas rebaixaram a nota de crédito
internacional, dificultando o investimento estrangeiro.
"Se
um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto
vai custar, para ver se o dinheiro dá". Isto foi dito por Jesus como
exemplo dos custos na gestão pessoal da fé cristã. "Se não fizer isso",
segue a parábola, "ele consegue colocar os alicerces, mas não pode
terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar
dele..." (Lucas 14.28-30). As leis de economia não mudaram, e hoje
Jesus diria que um seguidor dele não pode imitar os administradores
públicos que dão prejuízo e envergonham o Brasil lá fora. "Não pode ser
meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer",
explica o Senhor às multidões que se espremiam atrás de vantagens, sem
colocar na balança o peso da cruz. Pedro fez uma minuciosa planilha de
custos ao lembrar tais palavras de Jesus, e completou: "Sejam bons
administradores dos diferentes dons que receberam de Deus. Que cada um
use o seu próprio dom para o bem dos outros" (1 Pedro 4.10). Parece que a
velha lição, de colocar tudo na ponta do lápis, é um aprendizado que
precisa bem mais que uma simples calculadora.
Marcos Schmidt
pastor luteranomarsch@terra.com.br
quarta-feira, 5 de março de 2014
"Muito Mais Que Cinzas"
Para muita
gente, a Quarta-Feira de Cinzas tem este aspecto abatido, triste, de ressaca,
de um fogo que pouco ou nada deixou. Mas, este dia tem um significado distinto
daquilo que pretende descolorir. É o início de um tempo especial. De reflexão,
concentração, incubação. Algo complexo nestes dias agitados, conectados,
corridos.
Quem ainda tem espaço para refletir? As tarefas, os compromissos, as
metas, a televisão, a internet, os programas - tudo conspira contra o quê as
cinzas tentam encobrir.
"Em
sinal de tristeza", registra a Bíblia, "vestiram roupas feitas de
pano grosseiro e puseram cinzas na cabeça. Então se levantaram e começaram a
confessar os pecados que eles e seus antepassados haviam cometido.
Durante mais
ou menos três horas, a Lei do Senhor, seu Deus, foi lida para eles. E nas três
horas seguintes eles confessaram os seus pecados e adoraram a Deus"
(Neemias 9.2,3).
Esse ritual bíblico do Antigo Testamento inspirou os
cristãos no mesmo simbolismo, e no século cinco, os 40 dias antes da Páscoa
foram marcados com a Quarta-feira de Cinzas. Tudo para sublinhar que a cinzenta
paixão e morte do Senhor Jesus tinham uma razão: os nossos pecados. E depois
com as cores vibrantes da ressurreição.
Mas a
tradição pode virar traição. Cinzas podem querer, inadvertidamente, colorir.
Quarenta dias sem alegria? Sem carne? Melhor, então, uma despedida de solteiro,
uma festa da carne! Foi o que também fizeram no tempo de Isaías, e por isto a
desaprovação divina: "Eu odeio o incenso que vocês queimam, não suporta as
festas religiosas" (1.13). 
Marcos Schmidt
pastor
luterano
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