sexta-feira, 17 de abril de 2015

O ato de procrastinar


                Procrastinar. Quem nunca procrastinou? Sim! Procrastinar é a arte de deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. Adiar tarefas. Deixar para depois. Em uma pesquisa, que parece não ter sido procrastinada, foi apurado que 82% dos universitários brasileiros tem o hábito de deixar para depois as tarefas, trabalhos e teses. Ah! Como é o slogan mesmo? “brasileiro deixa tudo para a última hora”. É só lembrar dos recadastramentos de títulos de eleitor, declaração de imposto de renda e até mesmo as obras públicas (se é que estas terminam).
                Procrastinar pode fazer mal à saúde. Esta é a descoberta de uma pesquisadora canadense. Pessoas que têm o hábito de deixar para depois suas atividades tem maior tendência de sofrer alguma doença cardíaca. Isto porque procrastinar causa estresse, sedentarismo pelo adiamento da realização de exercícios físicos e fortes emoções por ter que trabalhar sempre sob pressão por ter deixado tudo para a última hora.
                Procrastinar não é bom. E é por isto que Deus diz: “Escutem! Este é o tempo em que Deus mostra a sua bondade. Hoje é o dia de ser salvo” (2 Coríntios 6.2). Não procrastine. Deixe-se amar por Deus hoje. Deixe-se ser tocado e transformado pelo amor de Jesus. De sol a sol, os braços de Jesus estão abertos esperando por você e sua família. Agora é o dia da salvação, do perdão, da transformação.
                A vida pode ser diferente. Erros podem ser perdoados. Tristezas podem ser consoladas. Sofrimentos podem ser suavizados. Páginas da vida podem ser reescritas. Relacionamentos podem ser reconstruídos. “Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo” (2 Coríntios 5.17). Não procrastine. Hoje é o dia da salvação. Hoje é o dia da transformação. Agora é a hora de estar unido com Cristo. O amanhã pode ser tarde.
                Então fica a dica: procrastinar pode fazer mal à saúde! Estresse, preocupação, agitação, sedentarismo. Uma bomba para o coração! Não procrastine a graça e o perdão de Deus. Não deixe para depois. Não deixe para um outro dia. Pode ser tarde. Hoje é o dia da salvação. Aproveite. A vida pode ser diferente.
Pastor Bruno A. Krüger Serves

quinta-feira, 9 de abril de 2015

O traumático pós Páscoa



Eis que o tempo de Páscoa passou. Já. Poxa, até parece que há alguns dias atrás as pessoas se abraçavam e desejavam um Feliz Natal, um Feliz Ano Novo! E a Páscoa já acabou!? Parece que foi estes dias em que todos aproveitavam as férias, os passeios, a praia! E agora, a Páscoa já acabou!?
Sim, a Páscoa acabou. O coelhinho só volta em 2016 – que deve estar logo ali, pela velocidade do tempo. Lá se foi a Páscoa e agora ficam apenas as consequências. Os resultados da Páscoa estão aí: criançada entupida de chocolate! Sim, é um verdadeiro estoque de doces que os pais (numa tarefa árdua) tentam oferecer aos filhos em conta gotas. Sem falar que o trabalho de horas confeccionando chocolates nas formas e os arrumando quase perfeitamente nas embalagens acabam em segundos, destroçados pelas bocas famintas com fortes tendências de chocolatite aguda. E qual é o adulto que não foge da balança no pós Páscoa? Páscoa também é tempo de arrependimento. Arrependimento por devorar doces, chocolates e guloseimas, por sair dos limites.
A Páscoa acabou. Sua consequência não. “E, porque eu vivo, vocês também viverão” (João 14.19). Jesus vive. Foi ressuscitado. É Deus Salvador. Ele vive, nós viveremos. A consequência da Páscoa não traz problemas à saúde, não engorda, não dá dor de barriga na criançada. A consequência da Páscoa de Jesus traz salvação, perdão, recomeço, esperança, alegria. O Salvador vive. Ele é real e interessado por você, por sua vida, por seus problemas, por suas necessidades. Consuma sem medo. Estoque no coração a Páscoa de Jesus. Ofereça aos seus filhos. Eles vão adorar!

Então fica a dica: a Páscoa deixou suas consequências! Overdoses de chocolate, estoques de guloseimas, adultos fugindo das balanças, pais reorganizando as contas do mês para conseguir pagar os preciosos e caros ovos de chocolate. Mas calma lá! Saboreie, desfrute, estoque e ofereça a alguém as consequências da verdadeira Páscoa. Jesus ressuscitou. Deus nos deu Jesus como Salvador, Redentor, Senhor e Rei. Ele vive. Se você crer, viverá também. Creia. Viva. Saboreie as consequências da Páscoa de Jesus.
Pastor Bruno A. Krüger Serves

quarta-feira, 1 de abril de 2015

A PORTA FECHADA DO GÓLGOTA

É assustador imaginar que a nossa vida pode estar nas mãos de uma pessoa maluca que derruba aviões. Pior que o Brasil hoje é um Airbus que está caindo porque depende de pessoas que fecharam a porta à honestidade. Um ano atrás foi o menino Bernardo que dependia de um pai insano. São atrocidades que se multiplicam, tudo porque a vida na terra está nas mãos de gente maluca.

É por isso que existe uma Sexta-feira Santa. Jesus se fez gente, de carne e osso, para nos livrar da dependência mortal de nós mesmos. Com uma diferença: "Ele foi tentado do mesmo modo que nós, mas não pecou" (Hebreus 4.15). Jesus entrou na cabine do avião, fechou a porta, e ali se trancou, sozinho - ele, a cruz e os nossos pecados. Não atirou o avião contra as montanhas. Jogou-se contra o Diabo, o pecado, a morte. Foi abandonado no Monte Gólgota e ali sacrificado para o mundo inteiro ser resgatado.

É claro, esta história também é maluca para muita gente. A cruz é loucura, descreveu Paulo aos coríntios. A cruz só tem significado quando é de ouro, polida, incrustada com pedras preciosas. A cruz da Sexta-feira Santa - tosca, ensanguentada, dolorida - é escândalo. Por isto mesmo rejeitada pelo mundo e até por quem se diz cristão. Na Inglaterra uma igreja decidiu retirar a imagem do Cristo crucificado na frente do templo porque era desagradável aos fiéis e “assustava as crianças”.  Atualmente exposta num museu, o diretor do local afirmou que "não é uma imagem que muitas igrejas querem seguir. Elas preferem ver uma cruz vazia". As vezes são interpretações iconoclastas, mas o que reina é o espírito hedonista - a idolatria do prazer. 

A vida humana só tem sentido se a cruz estiver repleta com o sofrimento solitário do Filho de Deus. Porque só existe Páscoa quando existe uma Sexta-Feira Santa exposta e acreditada. E no fim das contas, num mundo tão assustador, é confortável saber que a nossa vida está nas mãos de um Deus que nos ama tanto que entregou seu único Filho.
       
Marcos Schmidt

sexta-feira, 27 de março de 2015

DOMINGO DE RAMOS


Este Domingo é o dia em que começa a SEMANA SANTA, momento muito bom para refletirmos sobre a vida e obra de Nosso Senhor Jesus Cristo. O texto a seguir é uma mensagem do Rev. Marcos Schmidt que nos ajuda nesse propósito. Leia , Medite e Compartilhe!!!!
Pr. Fernando Eler


Jesus no caminhão dos bombeiros
 
     E se Jesus entrasse hoje em nossa cidade montado num caminhão do Corpo de Bombeiros com as sirenes ligadas? O que aconteceria seis dias depois? Há dois mil anos o povo esperava que ele resolvesse os problemas sociais, políticos, econômicos. Os judeus viviam debaixo da opressão romana, altos impostos, fome, doenças, miséria. A esperança era o Jesus dos milagres, do poder em multiplicar pães, do carisma em atrair multidões... Por isto o entusiasmo naquele Domingo de Ramos: "Bendito o que vem em nome do Senhor". Mas as coisas mudaram quando Jesus não ouviu a voz do povo. O bendito virou maldito e as palmas em "crucifica-o, crucifica-o".

     O quê queremos de Jesus? Falo de nós, aqueles que o censo do IBGE divulgou: 86% dos brasileiros são nominalmente cristãos. "Se alguém quiser me seguir, carregue antes a sua cruz", conclamou Jesus. Carregar a cruz? A cruz do Gólgota? Não! Esta já foi suportada em nosso lugar. "Está consumado" foram as últimas palavras dele naquela sexta-feira. Por isto a boa notícia: Não precisamos mais sofrer o castigo eterno pelos nossos pecados (alguns ainda pensam que praticar boas obras para entrar no céu). É claro, a cruz de Jesus não invalida a cruz do seguidor de Jesus. Tanto que o Salvador avisa depois do tapete vermelho que lhe estenderam: "Quem ama a sua vida não terá a vida verdadeira; mas quem não se apega à sua vida, neste mundo, ganhará para sempre a vida verdadeira" (João 12.25).

     Nestes tempos de Facebook, vemos um Jesus que ainda não desceu do caminhão dos bombeiros. É o Jesus do sucesso, do poder, da prosperidade. É o Jesus fake do Pedro que disse "não vai à Jerusalém" e por isso a advertência do Senhor: "Sai da minha frente, Satanás" (Mateus 16.23). Satanás não queria a cruz de Jesus porque nela está a derrota dele. Satanás não quer a nossa cruz pois ela traduz a fé e a vida de amor e serviço ao próximo. O mundo precisa urgentemente mais da cruz e menos da glória.

Marcos Schmidt

sexta-feira, 20 de março de 2015

Nosso escultor maior

                Imagino um escultor frente a um bloco de mármore para nele esculpir uma figura. Ele vê aquele bloco com muita naturalidade porque, ao mesmo tempo, “vê” a figura que está ali dentro. Então o que ele faz? Com cinzel e martelo ele retira do bloco aquilo que ainda cobre a imagem e surge uma obra prima. Éramos, inicialmente, um bloco de barro. O escultor maior eliminou aquilo que não seria autêntico na imagem e do pó da terra emerge a nobre figura humana, coroa da criação.
                Então, éramos a imagem de Deus (Gn 2.1). Hoje, nadando contra a correnteza em águas poluídas, grudam em nossa figura impurezas, tais como “adultério, prostituição, furtos, falsos, blasfêmias (Mt 15.19); inveja, avareza, malícia, soberba (Rm 1.29ss); iras, intrigas, orgulho, tumultos (2 Co 12.20); ciúmes, discórdias, bebedeiras  (Gl 5.20); conversação torpe, chocarrices ) (Ef 5.3); desobediência aos pais, ingratidão, arrogância, sem domínio próprio (2 Tm 3.2ss) – e por aí vai...
                Quando assim acontece, deformados em nossa figura original, o escultor maior retoma as ferramentas e trabalha em nós para restaurar a imagem divina, afetada pela poluição do pecado (Rm 3.23). Ele “lava a imundícia (Is 4.4), corta o ramo improdutivo (Jo15.2), corrige a quem ama (Hb 12.6), e açoita todo filho que recebe, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes de sua santidade”(Hb 12.6ss).
                 Este trabalho de restauração, ele o faz contínua e diariamente pela Palavra – o seu cinzel e martelo. Já havia prometido em Jeremias: “Te restaurarei a saúde e curarei as tuas chagas” (Jr 30.17). E o salmista confirma: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e da sabedoria aos simples” (Sl 19.7).  Diversos são os apelos da Palavra: “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). “Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, limpai o coração” (Tg 4.8). E na tribulação seu martelo bate forte, “sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Rm5.3,4). Mesmo batendo forte “é socorro bem presente na tribulação” (Sl 46.1), fortalecendo a alma a fim de “permanecermos firmes na fé” (At 14.22).
                Eis porque o evangelista João, inspirado, exalta e resume esta obra de restauração do divino escultor, nestas maravilhosas palavras de consolo, fé e salvação: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
                Esculpidos e sempre restaurados, cantemos com o salmista: “Louvar-te-ei Senhor, de todo o meu coração; cantarei todas as tuas maravilhas” (Sl 9.1).
                Guido Rubem Goerl – Pastor emérito da IELB.

sábado, 7 de março de 2015

Tratamento de Beleza da Mulher Cristã


A beleza é um dos triunfos da mulher. Querer ser bela é inerente à feminilidade.
  Nestes dias em que a mulher anda reinando não apenas no lar, mas se projeta no cenário público, é bom que esteja apta para reinar com toda a sua pujança.  A Rainha Ester foi a mulher que impressionou pela sua beleza, não apenas ao rei, mas ao guarda das mulheres e a todos que a cercavam (Ester 2). A beleza de Ester não era superficial e nos fala de muito preparo. Foram doze meses de embelezamento.
Somos convidados a sempre nos prepararmos para um tratamento de beleza que nos coloque numa postura que glorifique ao Rei dos Reis. Deus tudo fez tudo belo e admirou-se de Sua criação. Aprimoremos também a beleza que Deus criou. A receita para este tratamento começa com:

LIMPEZA INTERIOR - Do coração procedem as fontes da vida - (Pv 4.20-27).  Dele é necessário retirar todas as manchas, cicatrizes de amargura, frustrações, toda a sujeira que esteja poluindo a alma. Jesus adverte que o mal vem de dentro - (Mc 7.14-23) e Jeremias fala dos enganos do coração (Jr 17.9), por isso faz-se necessário permitir um trabalho profundo do Espírito Santo para a remoção de tudo que possa comprometer a beleza do caráter do Cristão. Faça isso em confissão verdadeira (Salmo 139.23-24).
 
ELIXIR DE REJUVENESCIMENTO - A mente exerce um grande poder sobre nós. Somos, realmente, aquilo que pensamos - belas ou feias, novas ou velhas. Paulo fala em transformação pela renovação da mente (Rm 12.2). Faz mais efeito que as operações plásticas que concertam ou pioram apenas o que é exterior. Encher a mente de pensamentos positivos (Fp 4.8) e preenchê-la com a Palavra de Deus (Cl 3.15). Aí se encontra o verdadeiro segredo da força da juventude.

ÓLEO PARA A CABEÇA - O óleo da união derramado sobre a cabeça de Arão (Sl 133) que nos leva a amar as pessoas, aceitá-las como são. Óleo que lubrifica os relacionamentos, fluindo como ingredientes para uma convivência saudável. Também o óleo da unção do Espírito que ungindo a cabeça, faz transbordar o coração (Sl 23.5).

BATOM PARA OS LÁBIOS - É o louvor. Salmo 34.1 nos recomenda a usá-lo constantemente. Evitemos palavras duras, negativas ou hábitos da murmuração. Enfeitar os lábios com palavras de louvor, de conforto, que levante os abatidos e glorifiquem ao nosso Rei (Sal 19.14).

MAQUIAGEM - Não há processo mais eficaz para embelezar a face do que a alegria. "O coração alegre aformoseia o rosto..." (Pv 15.13).

BRILHO - O tempo que passamos com Deus dá brilho a vida. Que o diga Moisés (Ex 34.29). "Para ser bela pára um minuto diante do espelho, cinco minutos diante da sua alma e quinze minutos diante de Deus" - Michel Quoist.

CREME PARA AS MÃOS - (Ec 9.10 e Pv 31.20) Mãos embelezadas com o serviço ao próximo. Mãos que trabalham, mãos que constroem, mãos que ajudam, mãos que sustentam os debilitados.

CALÇADOS PARA OS PÉS - (Pv 4.26-27) - Pés que andam por caminhos direitos (Is 52.7) - Pés formosos que levam boas notícias, as boas novas da salvação.

TRAJE - Alta costura do Atelier do senhor - (1Pe 3.3-4) apresenta o traje do espírito manso e suave. E é a única fórmula bíblica para conquistar o esposo para Cristo.

PERFUME Perfume de grife, mas não de qualquer uma, mas sim da Grife do Senhor - (2 Co 2.14-15) - O perfume de Cristo. É um pouco diferente das famosas essências francesas cujos frascos precisam ser bem lacrados para não exalar o aroma; neste, o "vaso de alabastro" (a nossa casca grossa) tem que ser quebrado para perfumar o ambiente.

ETIQUETA SOCIAL - Aulas de etiqueta social não podem faltar ao tratamento de beleza, pois completam o trabalho realizado. Define-se apenas numa palavra AMOR. Sem ele nada tem valor. E com ele é possível nos apresentarmos com nobreza em qualquer ambiente. (1 Co 13.5) " O amor comporta-se bem e não busca vantagens próprias".  

Que Deus lhe proporcione oportunidades para viver a beleza de Cristo em todo o seu esplendor.
Desenvolva toda sua potencialidade de MULHER CRISTÃ atuando em sua Igreja em um dos ministérios existentes, em seu lar, enfim em todo tempo que a Luz de Jesus brilhe através de você.
DEPARTAMENTO DE FAMÍLIAS - Pelotas (RS)– 08.03.2015 Adapt. por Fernando Eler

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

RUMO À AVENIDA DO CALVÁRIO!!!!

Avenida: esse é o nome de uma rua de maior importância em uma cidade. Geralmente a avenida tem uma grande quantidade de lojas, empresas, supermercados, constituindo um importante centro financeiro para o município.
No Carnaval várias avenidas do país ficam com os comércios fechados. As avenidas dão espaço para pessoas que usam máscaras e fantasias carnavalescas. As avenidas dão espaço para as pessoas que estão sambando.
As avenidas estão e estarão movimentadas. Para muitos a avenida vai trazer euforia, festa e alegria, pois Carnaval é a festa mais popular do país. Mas para outras pessoas, a avenida pode gerar acidentes de trânsito, mortes e tristeza. Na terça-feira tudo é festa na avenida. Mas na quarta-feira pela manhã tudo é aflição: ressaca do álcool, consequências das brigas, doenças sexuais, gravidez indesejada e crises familiares.
A terça-feira da euforia e do samba na avenida dá espaço para o lixo, garrafas e latas vazias. Esse é o Brasil – o país do carnaval. Carnaval: vem do latim “carnis levamen”, o prazer da carne antes das tristezas e continência da Quaresma.
Nessa semana, iniciamos a época da Quaresma. E somos convidados a deixar de lado a Avenida do Carnaval e seguirmos Jesus rumo à “Avenida” do Calvário, em direção à avenida do sofrimento e da crucificação de nosso Senhor Jesus.  Essa avenida do Calvário é sem enfeites, sem empresas, sem fantasias e sem máscaras. Mas é nessa avenida do Calvário que Jesus segue para cumprir sua missão: ser torturado e morto na cruz para nos salvar.
Jesus, o Santo Filho de Deus, é o único espetáculo que merece estar na avenida. O nosso Salvador não usa máscaras e fantasias. Ele usa uma coroa de espinhos e pregos nas mãos e nos pés e carregando a cruz ele segue pela avenida da dor. Isso é Quaresma.
Estimado leitor (a): que nas avenidas de nossa vida possamos refletir no amor de Deus, que deu Seu Filho por nós. Vamos reconhecer nossa fraqueza e vamos depender de Cristo.
E como cristãos vamos pular, dançar e cantar: “Se aquela cruz falasse como Cristo morreu, daria a todos nós maior lição de amor. De sangue foi manchada, os pregos suportou. Ergueu sobre o Calvário, Jesus, Salvador. Ela viu morrer o homem-Deus Nela sempre achei consolação.” (Luiz A.S. dos Santos, 1977).
 POR PR. LEANDRO BORN – CRISSIUMAL - RS

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A famosa vaquinha.

 Quem nunca fez a famosa vaquinha? Sim, aquele combinado entre amigos de dividir a conta. Todos pagam juntos. Pode ser a conta do churrasco, a conta da pizzaria, a conta da praia. A vaquinha, sinônimo de rateio, é o valor da conta dividida pelo número de amigos. Simples. Fácil. Dá certo!

 E não é que a famosa vaquinha saiu das rodas de amigos e invadiu gabinetes, estatais e a cúpula política de nossa nação? Sim, a vaquinha tomou conta! Afinal, quem é que vai pagar os oitenta e oito bilhões (BILHÕES!) de reais que foram roubados da Petrobrás? Sem falar no rombo dos cofres públicos, compra superfaturada de refinaria no EUA, o déficit bilionário de 2014 na economia brasileira e os desvios nas obras da Copa do Mundo! Grande contraste com os escândalos milionários de propinas e corrupção.
   E qual foi a solução apresentada por nossos líderes recém eleitos? Vaquinha! Sim, bem ao contrário das promessas de eleição. “Quando o governo é justo, o país tem segurança; mas quando o governo cobra impostos demais, a nação acaba na desgraça” (Provérbios 29.4). A vaquinha é perigosa. Leva à desgraça do trabalhador honesto que tem que entrar na vaquinha para pagar pelo rombo da corrupção. “Um país sem orientação de Deus é um país sem ordem” (Provérbios 29.18). Faltam princípios e orientação. Não para resolver os rombos nos cofres, mas para evita-los.
Então fica a dica: quando você for abastecer o seu carro, lembre-se que você está na vaquinha. Quando você for surpreendido pelo valor da energia elétrica, lembre-se que você está na vaquinha. Quando você se espantar com o valor do supermercado, lembre-se que você está na vaquinha. Bom, pelo menos a vaquinha com os amigos era divertida. Que Deus cuide das famílias brasileiras, especialmente das que vão precisar abrir mão de muitas coisas para pagar a famosa vaquinha.
Pastor Bruno A. Krüger Serves

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Assalto – “perdeu”

     
Quem ainda não foi abordado com um indivíduo anunciando um assalto? Quando isto acontece, o ladrão intimida a vítima dizendo “perdeu”. O bandido está como que num jogo. Ele fica na espreita pronto para atacar. Quando o ataque finalmente é executado, qualquer tipo de reação pode ser fatal. Ao anunciar o roubo, o assaltante também está dizendo que o jogo acabou.
       Em algumas situações não há como evitar a abordagem do assaltante. O melhor a fazer, neste momento, é reconhecer que, de fato, perdemos. Não estamos em condições de negociar e muito menos de nos defendermos. Objetos de muito ou pouco valor podem ser adquiridos novamente. A vida, jamais.
      
Existe um assaltante muito mais perigoso, que se apresenta como amigo e diz que podemos possuir tudo o que quisermos. Trata-se de Satanás. Ele anuncia o assalto sem percebermos. O seu objetivo é tirar de nós a fé em Cristo. E, perder a fé significa destruição completa e eterna.  
       Satanás não se preocupa com aqueles que não têm fé. O seu alvo são os cristãos. Isto reduz consideravelmente o seu campo de ação e o torna extremamente perigoso. Ele tem tempo para esperar e atacar na hora certa. Por isso, todo o cuidado é pouco. Subestimá-lo será fatal.
       No entanto, temos alguém que é mais poderoso. Ele quer ser nosso amigo e Salvador. É Cristo. Ele nos livra da condenação por causa do pecado e está ao nosso lado para proteger. Permanecendo na fé que recebemos no batismo ou pelo ouvir do Evangelho, não há o que temer. Jesus diz: “O ladrão só vem para roubar, matar e destruir; mas eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa.” João 10.10.
      
Estando com Jesus, podemos sofrer com algumas perdas, nesta vida. Os sofrimentos acompanharão os filhos de Deus. Até podemos perder bens e saúde, mas não perderemos a verdadeira e eterna vida. Lembro algumas palavras do reformador Martinho Lutero: “Se vierem roubar os bens, vida e o lar – que tudo se vá! Proveito não lhes dá. O céu é nossa herança.”

Pastor Fernando Emilio Graffunder

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Liberdade e Bom Senso

     O atentado contra os cartunistas franceses também levantou o assunto sobre os limites da liberdade de expressão. As charges da Revista Charlie Hebdo, antes desconhecidas à maioria, surpreendem pela forma obscena, injuriosa e ofensiva contra políticos e religiosos, governos e religiões, pessoas e entidades. Evidentemente que o pior tipo de injúria é tirar a vida de um ser humano, mas o fato merece reflexão. E se não há dúvida de que é melhor viver num lugar onde há liberdade política e religiosa, por outro, num regime democrático há direitos e deveres. No Brasil discute-se muito a questão dos direitos humanos quando percebe-se que os maus têm mais garantias do que os bons e a impunidade corre solta enquanto a justiça caminha omissa e lentamente.   

     Liberdade é assunto predileto do apóstolo Paulo em suas cartas bíblicas. Numa delas escreve: "Alguém vai dizer 'Eu posso fazer tudo o que eu quero'. Pode, sim, mas nem tudo é bom para você" (1 Coríntios 6). A polêmica nesta questão é sobre certos alimentos proibidos à fé dos cristãos judeus e permitidos à fé dos cristãos gentios. Paulo recomenda cuidado no uso da liberdade para não ferir o jeito de vida dos outros. É o caminho do bom senso: "O que isto pode provocar, o bem ou o mal?".

     Por outro lado, quando há tantos fanáticos, psicopatas, pessoas maldosas, enfim, gente disposta à violência por qualquer coisa, a liberdade de expressão em certos momentos é questão de vida ou de morte. É claro, as vezes é preciso pagar o preço para testemunhar a verdade e a justiça, tanto que a palavra "testemunha" vem do termo grego "mártir". Jesus, no entanto, nunca pediu aos seus seguidores para serem advogados nem guerreiros dele, apenas testemunhas do seu amor. Ele mesmo disse a Pedro que cortou a orelha do soldado: "Você não sabe que, se eu pedisse ajuda ao meu Pai, ele me mandaria agora mesmo doze exércitos de anjos?" (Mateus 26.53). Já tinha dito no Sermão do Monte: "Bem-aventurados os pacificadores".
Marcos Schmidt
Pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil